5/27/2019

Jambos vermelhos


Quem tem o privilégio de caminhar pelas Alamedas do Parque Municipal de Belo Horizonte e for uma pessoa observadora há de se encantar com pequenos e grandes presentes da natureza. Pois isso já aconteceu comigo muitas vezes, e certamente com outros também.

Dia desses ao ver um homem recolhendo algo no chão sob uma frondosa árvore desviei a rota da caminhada para satisfazer a curiosidade. 

E vejam que belos frutos de jambo vermelho ele estava colhendo bem no meio da praça da Ciclovia Infantil.



Clique na aba abaixo: comentário e deixe seu recadinho.

5/26/2019

Encanto da natureza


Na natureza até os objetos inanimados feitos por homens são belos e podem ser acolhedores. 

Nesta imagem o maior abraça o reflexo do menor e a discrepância do tamanho em nada interfere na beleza do conjunto; o refletido não deixa de ser mais belo por ser pequeno, nem o grande se torna mais importante por parecer superior, porque ambos são o que são por causa do brilho do sol.

5/17/2019

PROJETO NOSSA RUA, NOSSO JARDIM

Com a força da mulher selvagem, mexi a terra semeei sementes. Cavei buracos e plantei mudas. Capinei, reguei, podei. Chamei as vizinhas e compartilhei. Vieram a Creusa, a Raimunda, a Edina. A Custódia e a Cota não vieram, porém o presente delas já floresceu.

Juntas enfiamos nossos dedos enegrecidos no solo estercado para transplantar aboboreiras e flores perfumadas. 
 

Com nosso trabalho recebemos o prêmio de nos tornarmos inteiras em nossa amizade e nossa paz com a terra. Sentimo-nos indestrutíveis, com nossa alma protegida e renovada. A terra estercada deu à nossa pele uma estranha suavidade, uma capacidade de regeneração. Lá dentro, bem no fundo da nossa natureza instintiva nasceu a liberdade advinda do contato com o elemento da nossa origem física, porque dentro de nós temos o contato com Aquele que nos deu o sopro da alma.
Na nossa plenitude transformamos o que era triste e feio em aprazível e aconchegante. Despedimo-nos do pedaço de uma rua abandonada e com alegria exagerada demos as boas vindas ao Jardim Comunitário. 

Juntas plantamos, juntas cuidamos e juntas estamos vendo o crescimento que só Deus pode dar.





5/15/2019

O REINO DAS MULHERES - resenha


Não sei se acontece com vocês. Porém acontece comigo, vez em quando, de dar uma veneta pra arrumação. Quando sou pega por essa cisma tudo  parece bagunçado, estante, gavetas e principalmente as ideias da cabeça. E nesses dias, não importa muito a rotina a ser seguida, pois ela será deixada de lado porque o que eu quero mesmo é organizar.

Foi num desses dias que para desanuviar os pensamentos comecei a limpar a poeira dos livros, a ler as orelhas, e as quarta capas. Passei por João Guimarães Rosa, José Saramago, Graciliano Ramos e outros que já não me lembro mais. E no vai e vem de livro em livro encontrei um, meu desconhecido. Um tal de Ricardo Coller autor de “O reino da mulheres”. Mas nem pensem vocês em ficar animadinhas, porque o tal reino fica muito, muito longe daqui, prá lá dos confins das montanhas divisórias do mapa da China, bem a três mil  metros acima do nível do mar. 

Pois é lá mesmo que está o povo Mosuo no povoado de Lashui às margens do lago Lugu um dos maiores lagos de montanha de toda a Ásia. Um suposto paraíso para qualquer feminista. Um lugar de vivências capazes de por em xeque toda a lógica dos costumes ocidentais. Uma realidade sem a suposta supremacia do homem e sem a opressão que essa supremacia pode exercer. Todavia com a supremacia da mulher. Uma comunidade com grande possibilidade de extinção como as demais e poucas comunidades matriarcais do resto do mundo. O que se fala por lá é que os homens opositores da supremacia feminina de comunidades co-irmãs têm o apoio da igreja católica em sua busca pela emancipação. Diante de tal notícia é melhor ficar por aqui mesmo. Porque lá, ser o corpo da mulher considerado a encarnação das forças da natureza, a própria vida em sua capacidade de procriar parece estar perto de deixar de assegurar a elas o poder de mandar.

Se por aqui, no reino dos homens, a mulher está em busca da emancipação, por lá, no reino das mulheres, a mesma busca se dá pelos homens. Assim após a leitura do livro, satisfeita a minha curiosidade e estando no reino dos homens o que me resta é desejar, que vivamos, homens e mulheres, em um reino unido sem a existência de hierarquia e sim de companheirismo e respeito mútuo.