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7/28/2011

...CONFLITOS DE GÊNERO E PODER

O DEBATE SOBRE A HISTÓRIA DAS ORIGENS DO TRABALHO BATISTA NO BRASIL
Uma análise das relações e dos conflitos de gênero e poder na Convenção Batista Brasileira dos anos 1960-1980.

Tese de doutorado de pastor batista discute gênero em profundidade
Tese do Pastor Alberto Kenji Yamabuchi - Igreja Batista em Vila Gerte em São Caetano do Sul-SP - Universidade Metodista de São Paulo.


 
veja a introdução do trabalho:
"Escrever sobre um tema polêmico, problemático e talvez ainda
comprometedor constitui-se um risco para qualquer autor. Ainda mais quando se
propõe a oferecer uma interpretação não tradicional do problema estudado, que leva
a conclusões que podem incomodar até agora os detentores masculinos do poder.
Essa é a condição desta tese, que analisou as relações e os conflitos de gênero e
poder observados durante o debate sobre as origens do trabalho batista no Brasil,
ocorrido entre os anos 1960-1980 no contexto da Convenção Batista Brasileira.
O debate sobre as origens do trabalho batista brasileiro, que ocupou o cenário
político da Convenção Brasileira daqueles anos, foi protagonizado por duas figuras
com representações sociais distintas: de um lado, o Pastor José dos Reis Pereira, líder
da Convenção Brasileira e do outro, a pesquisadora e jornalista, esposa de pastor
batista, Betty Antunes de Oliveira. Em 1969, a Convenção Brasileira decidiu em
assembléia pela tese de Reis Pereira, que foi, a partir daquele ano, considerada a
narrativa histórica oficial do início do trabalho dos batistas brasileiros.
Não obstante, a discussão sobre o acerto histórico do marco inicial do
trabalho batista permaneceu mesmo após a decisão daquela assembléia convencional
de 1969. Em 1982, porém, os batistas brasileiros privilegiaram a tese de Reis Pereira
quando estabeleceram de forma definitiva a data do marco inicial batista na
celebração do seu centenário no Brasil. Mas, em 2009, a Convenção Brasileira em
assembléia presidida por uma mulher, a vice-presidente Nancy Gonçalves Dusilek,
resolveu repensar a decisão de 1969 e substituiu a tese de Reis Pereira pela de Betty
Antunes de Oliveira, sua adversária no debate.
Quarenta anos foram necessários para que a Convenção Brasileira aceitasse a
validade da tese de Betty de Oliveira e das provas históricas e documentais que ela
apresentou durante as suas pesquisas. Por que isso não foi possível antes? Esta
pesquisa suspeita que Reis Pereira tenha vencido o debate naqueles anos não só por
conta de seu prestígio político na Convenção Brasileira ou pelo argumento
fundamentado na tradicional ideologia batista missionária que ele apresentou em
defesa da sua tese sobre o marco inicial do trabalho batista no Brasil: na verdade,
Reis Pereira envidou esforços para vencer o debate, porque o domínio masculino na
produção do conhecimento historiográfico batista havia sido desafiado por uma
mulher, esposa de pastor. Desse modo, conclui-se que o debate foi, na verdade, um
caso de sexismo, que visibilizou os conflitos de gênero e poder na Convenção
Brasileira dos anos 1960-1980."



O arquivo completo se encontra no endereço abaixo:

7/09/2011

Aloízio Penido: Igrejas devem consagrar mulheres sem retaliação

"Todas as vezes que tentamos interpretar a Palavra de Deus com radicalismo, erramos gravemente porque a Bíblia é um livro contemporâneo e, como tal, precisa ser interpretado à luz da contemporaneidade. A teologia é a mesma, não muda, mas a eclesiologia, os aspectos culturais, os costumes e até mesmo a liturgia devem receber uma nova roupagem e diferente compreensão em tempos diferentes. É isto que torna a Palavra de Deus viva."

Continue lendo no endereço abaixo:

7/28/2010

PASTORAS PELA METADE, PASTORAS POR INTEIRO

leia também em:
Em seu site PRAZER DA PALAVRA, o Pr. Israel Belo de Azevedo teceu comentário a respeito das pastoras e a decisão de Cuiabá.
Leia em:

Consagração feminina: Por que pensamos como pensamos?



JOSUÉ MELLO SALGADO

Pastor, presidente da CBB
O JORNAL BATISTA - 27JUN10
 http://pastorazenilda.blogspot.com/

No epicentro da eterna controvérsia em torno da consagração de mulheres ao ministério pastoral está a Bíblia. Na verdade uma forma de entender a Bíblia e aplicar o “Princípio Bíblico” da aceitação das Escrituras Sagradas (ou do Novo Testamento) como única regra de fé e conduta, tão caro aos batistas. É possível observar na fundamentação bíblica das posições controversas duas “escolas”, ou tipologias de argumentação: Taborismo e utraquismo.

Israel Belo, no seu “Celebração do Indivíduo”, traz-nos uma excelente compreensão dessas tipologias aplicadas à Teologia moral protestante, evangélica ou batista: “Para entender a Teologia moral, é útil empregar uma tipologia desenvolvida pelos teólogos hussitas do século 15. Os utraquistas entendiam que somente aquilo que a Bíblia proibia expressamente devia ser proibido na vida da comunidade cristã. Mais radicais, os taboritas ensinavam que tudo aquilo que não estava expressamente autorizado pela Bíblia devia ser rejeitado. Lutero era utraquista e só rejeitava o que a Bíblia não aprovava. Zwinglio e os anabatistas em geral esposavam a mesma ideia, apesar de seus conceitos diferentes do que era a comunidade cristã. Calvino era taborita e rejeitava tudo o que não podia ser provado pela Bíblia. Por isto, era rígido na doutrina e na prática. Os anabatistas, embora utraquistas, não eram menos rígidos” (Israel Belo em “A Celebração do Indivíduo: A Formação do Pensamento Batista Brasileiro”).

Taboritas (da cidade de Tabor, na histórica região central da Europa, Boêmia, na República Tcheca) era a facção mais radical dentre os Hussitas, ou seguidores do teólogo pré-reformador rebelde Jan Hus (1372-1415) do século XV, seguidor de John Wycliffe (1320-1384). Utraquistas (do latim sub utraque specie, ou “em ambas espécies”) foi a denominação dada à facção moderada dentre os hussitas, hoje nos Estados Unidos a Igreja dos Morávios. Os utraquistas defendiam que o pão e o vinho deviam ambos ser servidos aos fiéis (daí “em ambas espécies”) e não apenas o pão, deixando o cálice para o clero. Embora taboritas e utraquistas fossem colocados debaixo do “guarda-chuva” hussita defendiam algumas posições teológicas diferentes. É sobretudo na sua teologia moral, no que diz respeito à fundamentação bíblica, que ambos representavam posições opostas que aqui nos interessam como tipologia.

Embora aplicado à teologia moral ou à moralidade, a tipologia hussita dos taboritas versus utraquistas nos ajuda a entender a categoria mental que está por trás da concordância e da discordância quanto à consagração de mulheres para o ministério pastoral e sua tentativa de fundamentação bíblica. Aliás, ajuda-nos a entender o porquê de não conseguimos chegar a um denominador comum sobre essa questão embora ambos os lados afirmem base escriturística.



De tendência taborita, alguns creem que a Bíblia não autoriza de forma expressa, isto é ipsis litteris, a consagração de mulheres ao ministério pastoral. Portanto, a consagração deve ser rejeitada.

A tentativa de encontrar sanção bíblica expressa para a rejeição esbarra na ausência de textos explícitos, sim de aprovação, mas também de recusa. Passa-se então a adotar uma interpretação literalista fundamentada no uso dos artigos definidos masculinos e na ausência de artigos definidos femininos.

O problema é que a expressão “pastor” só aparece uma vez em todo o Novo Testamento (no plural) se referindo aos líderes de igreja, em Efésios 4.11 com poiménas (substantivo acusativo masculino plural de poimen): “E Ele mesmo deu (...) outros para pastores” (conforme o verbete poimen - pastor - no artigo de Joachim Jeremias “a designação dos dirigentes das igrejas locais como pastores” em “Theologisches Wörterbuch Zum Neuen Testament, Band VI”).

A obsessão por uma análise morfológica dos textos bíblicos que identifique o gênero das palavras para assim determinar uma interpretação distinta e exclusivista, masculina ou feminina, para este ou aquele texto, é temerária e ao meu ver insustentável. Na abertura do sermão do monte lemos: “Jesus, pois, vendo as multidões, subiu ao monte; e, tendo ele se assentado, aproximaram-se os seus discípulos, e ele se pôs a ensiná-los” (Mateus 5.1-2). A palavra grega mathetai (discípulos) é um substantivo nominativo masculino plural. Se vamos seguir a lógica da hermenêutica do gênero significa que todo o sermão do monte foi direcionado aos 12 discípulos homens. Assim, nada do que está aí escrito é para mulheres, que aliás por aí não podem também ser discípulas! Para obedecer o ide de Jesus, teríamos então que fazer discípulos de todas as nações, mas não de todos os dois gêneros. Outro exemplo está em Mateus 4.19: “Disse-lhes: Vinde após mim, e eu vos farei pescadores de homens”. A quem Jesus dirigiu esse convite/ordem? Pelo texto bíblico: A Simão e André. Dois homens a quem Jesus comissionou para fazer “pescadores de homens”. Quer dizer que se eu aplico esse texto à toda a igreja, homens e mulheres, estaria, na linha de raciocínio literalista, errando duas vezes, pois estaria atribuindo uma chamada divina feita a homens à mulheres e o que é pior, dizendo a elas para “pescarem” também mulheres quando Jesus estaria dizendo originalmente à homens para pescarem só homens! É óbvio o absurdo do argumento contra a ordenação feminina baseado em artigos definidos nos textos bíblicos, e em interpretação literalista da Bíblia. Bem disse Paulo que a letra mata!


Por outro lado, uma hermenêutica bíblica utraquista parte do pressuposto e da chave interpretativa de que a Bíblia não proíbe expressamente a consagração de mulheres para o exercício do ministério pastoral, sendo portanto autorizado.



Como a categoria mental utraquista não busca encontrar autorização expressa, mas proibição expressa, sua fundamentação está mais nos princípios que em normas, mais no espírito e menos na letra. A posição utraquista buscará fundamentação no princípio da igualdade de dignidade entre homem e mulher. Parte do princípio da igualdade de gênero que obviamente não deve ser entendida como igualdade absoluta física ou mesmo psicológica. Afinal não há um ser humano idêntico ao outro, nem mesmo pessoas do mesmo gênero! A questão envolvida é da igualdade de dignidade diante de Deus e a superação de qualquer inferioridade, incapacidade ou desqualificação para, neste caso, a liderança eclesiástica.

Nós, batistas, concordamos de forma absoluta com o princípio reformador do Sola Scriptura em geral e em particular com o princípio bíblico da autoridade do Novo Testamento em questão de fé e prática. Contudo, à partir da chave hermenêutica taborista ou utraquista, buscaremos autorização ou proibição expressa para convicções e práticas não explicitadas nas Escrituras. Para a satisfação de tal busca temos a presença do Espírito Santo em nós, como se expressou o apóstolo Paulo para fundamentar suas “opiniões” que não encontravam mandamento explícito do Senhor: “E eu penso que também tenho o Espírito de Deus” (1 Coríntios 7.40b). Temos o Espírito Santo de Deus. Temos condições de discernir bem o melhor caminho a tomar.



Não vislumbro possibilidade de consenso entre essas duas categorias mentais interpretativas. Os utraquistas continuarão buscando encontrar proibição expressa, os taboritas continuarão buscando encontrar autorização expressa. Estou convencido de que a Bíblia não tem nem uma nem outra. Como encontrar uma solução?



Os grandes profetas clássicos do século VIII a.C. utilizaram uma fórmula comum para sua pregação: “Assim diz o Senhor”. O judaísmo, entretanto, parece ter subjugado a fórmula profética à uma outra: “Assim diz a Escritura”. Quando, por exemplo, os principais dos sacerdotes e fariseus mandaram os seus guardas prenderem Jesus por causa da pergunta “Vem, pois, o Cristo da Galiléia?” (João 7.41) os guardas não o puderam prender porque “nunca homem algum falou assim como este homem”. Esses líderes tentavam circunscrever a liberdade divina à partir de uma interpretação particular da Bíblia dizendo: “Examina e vê que da Galiléia não surge profeta (João 7.52). Assim subjugaram o “assim diz o Senhor” ao “assim diz a Escritura”. Obviamente essa inversão de primados acaba por lançar em rosto divino a Escritura a partir do método taborita, insinuando que Deus “não pode” o que não esteja expressamente autorizado na Bíblia. Obviamente uma blasfêmia contra os céus!


Tal hermenêutica me lembra também os métodos da Ku Klux Klan (também conhecida como KKK, nome de várias organizações racistas dos Estados Unidos que apóiam a supremacia branca e o protestantismo). Em meus estudos de doutorado na Alemanha sobre o tema do racismo registrei diversas tentativas da KKK de fundamentar biblicamente a sua posição pessoal preconceituosa de serem os negros “biblicamente” menos que humanos e predestinados por Deus para a escravidão e para servirem aos brancos (conforme diz Israel Belo em “A Celebração do Indivíduo: A Formação do Pensamento Batista Brasileiro”). Não creio que a prática hermenêutica dos principais dos sacerdotes e fariseus e da KKK sejam as mais recomendadas para nós batistas brasileiros!


Estou convencido de que o caminho, não do consenso ou da uniformidade, mas da unidade na diversidade, está na volta do primado divino, na pronúncia do “assim diz o Senhor” antes da pronúncia do “assim diz a Bíblia”. Penso que para isso precisamos responder com sinceridade a duas perguntas: Deus é livre para chamar e usar no pastoreio prático do seu povo quem Ele queira e determinou em sua soberania e Graça? Deus tem chamado e usado mulheres para o pastoreio prático do seu povo?

Devemos ou não aceitar mulheres no ministério pastoral batista? Sugiro que perguntemos em humildade a Deus ao invés de continuar buscando fundamentação bíblica para nossas posições já assumidas.

Leia também:
AS PASTORAS E A JUSTIÇA NA OPBB - http://pastorazenilda.blogspot.com/


7/05/2010

saiu na "Folha Rosa"



(Para ler o texto clique sobre a imagem para ampliá-la e expandi-la)

"Ser esposa de pastor" ou estar casada com um pastor é ministério? Quando um homem já casado é chamado por Deus para o ministério pastoral, a  mulher que está com ele casada automaticamente recebe a chamada para ser esposa de pastor?

O  fato de ser esposa de pastor" ou estar casada com pastor dá à mulher autoridade para transitar da  classe de crianças ao púlpito?

7/01/2010

Em quem está o foco?





A jovem Maria casou-se com João. Transferiu-se para a igreja onde ele era pastor. Maria, automaticamente passou a ser vista de uma forma um pouco diferente, afinal de contas ela era a esposa do Pr. João! Podia até se associar à Associação das Esposas de Pastores. E foi o que ela fez.

Com sua dedicação e amor à obra de Deus na terra, sua competência e facilidade de influenciar pessoas, Maria além de servir à igreja, servia também à Associação. Era amada e respeitada por suas colegas e por elas, Maria serviria na diretoria por um longo tempo.

João não economizava elogios públicos à Maria:

__Minha esposa é maravilhosa! Minha esposa é um presente de Deus para minha vida!

Nos encontros de casais se apresentavam como: “a Maria do João” e o “João da Maria”.

Pouco depois os membros da igreja concordaram:
__“A esposa do Pr. João é mesmo uma bênção”!

O tempo passou. Maria fazia o que podia para atender às expectativas.

Um belo dia, Maria que já enfrentava problemas familiares teve o desprazer de experimentar a dor da separação. Na Associação, seu cargo foi ocupado por outra.
A admiração foi completa:

__ “Nossa Pr. João separou-se da esposa”?

João continuou pastor, continuou membro da Ordem dos Pastores, casou-se novamente e o círculo continuou.



De quem é Maria?



Quem é Maria?

6/14/2010

Dia do Pastor/dia da Pastora

LIDERANÇA PASTORAL


A mulher pastora
Marli de Melo Bondioli
Publicado em 08.03.2010


"Vós, mulheres, sujeitai-vos a vossos maridos, como ao SENHOR."
(Efésios 5: 22)


 Existe um padrão consistente de liderança masculino por toda a história da bíblia. O próprio Jesus ordenou homens para prosseguir sua missão.Louvo a Deus por cada homem pastor, porém é comum observar alguém do para a mulher pastora com o pensamento dominante que este ofício não foi feito para ela e provavelmente sua atuação não é bíblica. Mas não podemos desconsiderar a presença de mulheres atuante no ministério no antigo e no novo testamento. Compreendo que a subordinação da mulher tem base na criação descrito nos capítulos 1 e 2 de Gênesis e não na queda narrada no capítulo 3. Sou convicta que a cruz de Cristo aboliu todas as diferenças que existiam para que homens e mulheres udessem aproximar-se de Deus. Esta igualdade não altera as atribuições voluntárias do homem e da mulher.

Sem entrar em conceitos teológicos quero testemunhar minha experiência de mulher pastora. Há 13 anos fui convidada através do meu pastor a cuidar de um "ponto de pregação caseiro" na zona sul da cidade de Londrina. Aceitei o convite considerando a importância e a necessidade, sem ter, no entanto, a consciência e conhecimento do terreno que iria pisar, tão
pouco do que me aguardava. Tudo o que eu sabia era que meu coração estava em flama por Cristo, transbordante em amor para pregar a sua Palavra, servir com excelência crendo que "todas as coisas cooperam para bem daqueles que O teme".

A eterna fidelidade divina operou e vidas oprimidas e sedentas foram alcançadas através do evangelho que prontamente submetiam-se a Jesus como salvador. Alguns meses depois nasceu uma igreja acolhedora, responsável e presente na comunidade. Salvação, curas, transformações de família acontecem diariamente. Os resultados são extraordinários! Deus tem operado maravilhas não deixando nenhuma dúvida sobre a autoridade que Ele mesmo delega à mulher cristã que reconhece e obedece ao chamado divino. Acredito que o maior testemunho que a mulher pastora pode dar para a família, igreja e sociedade é sua genuína intimidade com Deus expressa na comunhão pura, respeitosa e feliz com a família e em especial com o seu cônjuge seja ele, membro ou pastor que está submetido à sua liderança na igreja.



O apóstolo Paulo escreve para que as mulheres vivam em sujeição ao marido como ao Senhor. Entendo perfeitamente que esta palavra está conceituada na esfera do relacionamento conjugal, mas creio também, que tal atitude reflete em todas as áreas de relacionamentos e em qualquer circunstância de nossa caminhada. Nenhum ofício ou posição que a mulher ocupe ficará acima dos princípios estabelecidos na Palavra de Deus. Foi Ele mesmo que inspirou Paulo a continuar seu raciocínio desprovido de qualquer objeção à mulher quando diz: "Vós, maridos, amai vossas mulheres, como também Cristo amou a igreja, e a si mesmo se entregou por ela," (Efésios 5:25).

Sou casada há 25 anos com um pastor, temos dois filhos e vivemos em harmonia. Na esfera familiar meu marido é o nosso "senhor" e nós seguimos espontaneamente sua orientação. Na Igreja, Jesus é a cabeça, e é este o fundamento de minha liderança pastoral, ou seja, a base é a obediência e submissão na perspectiva da missão integral (alcançar vidas com o evangelho transformador, compartilhar o amor e justiça eterna, servindo a comunidade no âmbito social).



Meu marido é meu co-pastor. Obviamente em nosso histórico esta posição permite que algumas pessoas interpretem de forma errada nosso relacionamento concluindo que prevaleço na área que é de permanente autoridade dele, no entanto nada disso acontece, pois nos completamos em cada situação servindo com zelo santo todos os trabalhos que efetuamos no cumprimento da nossa missão. Temos uma visão clara de nossas atuações

seja em família, na igreja ou diante da sociedade. O preconceito é um fato. Tanto na esfera denominacional quanto no mundo. Aprendi a lidar dedicando todo o tempo às boas obras. Semelhantemente à Neemias tenho uma grande obra para realizar e não posso parar.
Sigo a ordem de Jesus: "Ide por todo o mundo, pregai o evangelho a toda criatura. Quem crer e for batizado será salvo" (Marcos 16:15-16ª).



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