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5/31/2016

3 maneiras de dizer NÃO à cultura do estupro


O que é a cultura do estupro?



A cultura do estupro se caracteriza pela busca de motivos que justifique  ou pelo menos explique a atitude do estuprador, direcionando-os à vítima. No fim das contas a vítima  é  a culpada! 

Essa forma de pensar, irrefletidamente, procura isentar o estuprador daquilo que é a essência do ser humano, ou seja, o direito de escolher o que fazer e o dever de se responsabilizar por suas escolhas. É tratar o homem como um animal que não tem controle dos seus desejos, podendo por causa disso agir de acordo com sua visão com base no seu instinto sexual incontrolado. Sendo assim, não pode ver uma mulher que tenha um andar, que para ele, pareça provocante e que use uma vestimenta, que para ele, pareça sensual. Basta ver uma assim e já se sente dono dela.

Muitos há que carecendo de uma reflexão mais profunda, acalentam a cultura do estupro dizendo palavras enfraquecedoras  diante de uma situação de abuso sexual: 

- foi estuprada? Também pudera, vejam como anda! Suas roupas são minúsculas! E outras frases parecidas.

Expressões como estas denunciam o machismo com que estão impregnados nossos conceitos. Expressões como estas são justificativas que trazem em si a força de exclusão da responsabilidade do homem diante dos seus desejos e do comportamento que eles provocam. Expressões como estas minimizam o crime de alguns, induzindo a sociedade a pensar que se  todas as mulheres  se vestirem de forma recatada e mudarem seu jeito “sensual”  de andar deixarão de provocar os homens, diminuindo assim o número de estupros. Sejamos inteligentes! Paremos de proteger os estupradores e  paremos de culpar as vitimas! Os estupradores são estupradores não por causa das vítimas, e sim por causa deles mesmos. Porque não respeitam o limite de sua liberdade em relação à liberdade de quem eles desejam. Se assim não fosse não haveria estupros de menininhas recatadas no seio de seus familiares! Não haveria estupros de meninas e adolescentes pelos seus irmãos mais velhos, pelos seus tios, vizinhos e outros... Se continuarmos com a cultura do estupro, culpando a vítima o que faremos em relação as que são crianças? São elas também que provocam?

Se a vestimenta  provocante e a forma sinuosa do andar de uma mulher, servir de justificativa para  defesa do estuprador, como justificaremos os estupros que acontecem em países em que as mulheres se cobrem da cabeça aos pés, deixando apenas a região dos olhos descoberta? Os estupradores da Arábia Saudita são provocados pelos olhos de suas vitimas? Porque para quem não sabe estupros acontecem aos montes na Arábia Saudita. E lá as mulheres não andam com roupas provocantes. Não saem às ruas desacompanhadas. Mas ainda assim são estupradas e se consequentemente engravidam são mortas por apedrejamento enquanto o seu algoz ou algozes continuam livres,  justificados pelo conceito que os homens têm das mulheres. O conceito de que são como objetos de uma casa que podem usar como desejarem.

  A propósito, a nova descoberta científica na Arábia Saudita é a de que a mulher teve uma grande ascenção na hierarquia de valores. Saiu da categoria de cama e mesa para a categoria de um animal como camelo, ou cabra... Os “grandes sábios” chegaram à conclusão de que as mulheres são seres mamíferos, mas não humanas. A matéria completa com o título: Cientistas muçulmanos  chegam a conclusão de que a mulher é um mamífero, mas não é humana está no site Islamismo no Brasil.

A você que chegou até esta parte do texto apresento pelo menos três maneiras de dizer NÃO  à cultura do estupro. Você pode acrescentar outras:

1. Reflita sobre sua forma de enxergar a realidade. 
Responsabilizar a vítima é desmerecer a capacidade do homem de controlar seus desejos, fazer suas escolhas e se responsabilizar por elas. É reduzi-lo a um animal que age de acordo com seus instintos; mais ainda, responsabilizar a vítima é inverter a moeda justiça/misericórdia, declarando misericórdia a quem precisa de justiça. 

2. contribua com a educação das crianças, ensinando-lhes, à medida do possível, os valores do caráter para que tenhamos uma nova  geração que saiba o que é respeito humano;

3. caso esteja livre do paradigma da culpabilidade da vítima, ou seja, da cultura do estupro. Opine nas conversas com amigos. Argumente. Ajude-os a refletir. Ajude-os a também dizerem NÃO à cultura do estupro, para que vivamos em um mundo mais livre, menos opressor.



3 maneiras de dizer NÃO à cultura do estupro

3 Maneiras de Dizer NAO à Cultura Do Estupro

3/08/2016

Uma reflexão para o dia Internacional da Mulher

                                                               

Pedras do caminho

Sempre haverá pedras no nosso caminho. De vários tamanhos, de vários formatos. Diante de umas, a atitude deve ser passar por cima. Diante de outras, removê-las. E ainda outras dar a volta circulando-as, por serem grandes e estarmos sozinhas.

No sentido literal as pedras são seres inanimados, não devendo nos impedir de caminhar. Nós somos seres inteligentes e pensantes, descobridoras de soluções e tomadoras de decisões, não devendo assim ser impedidas de caminhar.

Como mulheres inteligentes e pensantes, saibamos aproveitar a alegria desse dia. No entanto, saibamos também descobrir soluções e tomar a decisão e nos unir para removermos as grandes pedras do nosso caminhar de mulher.

Não se esqueça:
Tapa não é carinho! Cantada não é elogio! DENUNCIE!

 

8/03/2010

Mulher condenada à morte por apedrejamento



O Irã sinalizou nesta terça-feira que deve rejeitar a oferta do presidente Luiz Inácio Lula da Silva de refúgio a uma mulher iraniana condenada à morte por apedrejamento por adultério. O caso de Sakineh Mohammadi Ashtiani, de 43 anos, deu início a clamores internacionais que fizeram com que o Irã adiasse, pelo menos temporariamente, o apedrejamento da condenada. Mas Ashtiani, que tem dois filhos, ainda pode ser enforcada.

"Até onde sabemos (o presidente brasileiro Luiz Inácio Lula) da Silva é uma pessoa muito humana e emocional, que provavelmente não recebeu informação suficiente sobre o caso", disse o porta-voz do Ministério de Relações Exteriores, Ramin Mehmanparast. "O que podemos fazer é fornecer a ele os detalhes do caso desta pessoa que cometeu um crime, para que ele (Lula) possa entendê-lo", disse o porta-voz, lembrando que se trata de "uma criminosa condenada". O Irã disse que a mulher também foi condenada por assassinato.

Os clamores sobre a sentença de morte é uma das últimas divergências no relacionamento do Irã com a comunidade internacional. Estados Unidos, Grã-Bretanha e grupos de direitos humanos internacionais pediram a Teerã que cancelem a execução. "Se o Brasil estiver disposto a aceitar esta mulher, esperamos que o Irã considere a medida como gesto humanitário", disse o porta-voz do Departamento de Estado norte-americano, Philip Crowley. "Esperamos que o Irã considere o fato de o Brasil ter se apresentado e indicado o desejo de resolver a questão."

No sábado, Lula disse que o Brasil poderia conceder asilo político a Ashtiani. O governo brasileiro se aproximou de Teerã nos últimos anos e trabalhou com a Turquia na formulação de uma proposta com o objetivo de resolver a questão do programa nuclear iraniano com o Ocidente. Os Estados Unidos e seus aliados acusam o Irã de usar seu programa nuclear civil para acobertar o desenvolvimento de armas atômicas. O Irã nega a acusação e afirma que o programa tem objetivos pacíficos como a geração de energia elétrica. Com informações da Dow Jones.

Veja  também no endereço:
http://www.youtube.com/watch?v=22-E9OODECA&feature=related

http://www.youtube.com/watch?v=xuKqgvUCtGw&feature=related

4/13/2010

A violência contra a mulher não poupa a igreja



Não sei o que é apanhar do pai ou da mãe. Não sei o que é bater (ou apanhar) na (da) mulher. O mais perto que cheguei da violência doméstica está na lembrança de ouvir palavrões (que desconhecia), tapas e choro que vinham da casa com a qual dividia o quintal por apenas um muro de menos de dois metros de altura. Não sabia ou não queria saber o que exatamente acontecia ali do lado da casa da minha infância. O “barulho” era um antídoto suficiente à curiosidade.

Crescemos. Os tapas, o choro, a violência, passam a ter cara, nome, endereço e, pasme, denominação, pastor e igreja. Esse é o tema do nosso livro do mês, Até Quando?. Repetimos Martin Luther King: “Não à violência do coração, não à violência da palavra, não à violência do punho”.

Marcos Bontempo

3/01/2010

França testará pulseira eletrônica em homens que praticam violência contra mulheres

Anúncio foi feito pelo primeiro-ministro francês, François Fillon, no Dia Internacional para a Eliminação da Violência contra as Mulheres.

O primeiro-ministro da França, François Fillon, anunciou na quarta-feira (25 de fevereiro 2010) que o país testará a partir de 2010 uma pulseira eletrônica que monitora maridos e companheiros violentos. A medida segue o exemplo da Espanha, onde o dispositivo já é utilizado em 12000 homens."Com base no exemplo espanhol, vamos lançar a experiência de um dispositivo de vigilância eletrônico para controlar cônjuges violentos", acrescentou Fillon. Além disso, comportamentos tipificados como “violência psicológica contra a mulher” serão considerados crimes na França. "Em matéria penal, o delito de violência psicológica doméstica será consagrado na legislação", declarou Fillon, em discurso pronunciado no Dia Internacional para a Eliminação da Violência contra as Mulheres, comemorado na quarta. Em 2008, na França, 157 mulheres morreram vítimas de maus-tratos por parte de maridos ou companheiros.

http://www.istoe.com.br/conteudo/15751_FRANCA+TESTARA+PULSEIRA+ELETRONICA+QUE+COMBATE+VIOLENCIA+CONTRA+MULHERES

2/27/2010

VIOLÊNCIA CONTRA A MULHER- se você mesma não denunciar, seu vizinho não poderá fazer por você


Ouço mais uma notícia: __“Homem mata a companheira com várias facadas na cozinha de sua casa na frente de seu filho de 2 anos.” Observo a cara de sem graça da reportar ao completar a notícia:

__“Ele já havia sido preso várias vezes por agredir a esposa.”

Abro a página do Correio Braziliense e leio a notícia de Mônica Harada Publicação: 24/02/2010 19:41 Atualização: 24/02/2010 21:00: LEI MARIA DA PENHA »

Processo contra agressor depende de representação da vítima

Denúncia contra violência doméstica só acarretará em ação penal contra o agressor, para que eles sejam processados pelo Ministério Público, se houver uma representação da própria vítima. Do contrário, não está autorizada a abertura de ação penal. A decisão foi tomada nesta quarta-feira (24 de fevereiro de 2010) pelo Superior Tribunal de Justiça (STJ) no julgamento de um recurso do Ministério Público do Distrito Federal e descarta a possíbilidade de mover processos a partir de denúncias de vizinhos ou parentes, por exemplo, como acontecia em grande parte das ações movidas até hoje. Agora, os agressores só responderão às ações penais que forem movidas com consentimento das vítimas. Por causa dos inúmeros recursos que chegam ao STJ sobre esse ponto da Lei Maria da Penha, a questão foi apreciada em um recurso especial destacado pelo ministro Napoleão Nunes Maia Filho, como representativo dessa discussão para ser julgado pelo rito da Lei dos Recursos Repetitivos.

A situação não se aplica a crimes graves, como tentativa de homicídio. Nesses casos, o processo corre independentemente da posição da vítima. O entendimento da decisão é o de acolher a vontade da vítima e dar a ela o direito de decidir. Pela lei, o processo deve caminhar, mesmo que a vítima não represente contra o homem ou retire a denúncia....
A notícia segue e pode ser vista no site do Correio Brziliense com endereço no final da matéria.

Minha reflexão:
1. O cara já havia sido preso várias vezes por agredir a mulher... mas só será punido de verdade depois que a matou ( Bater pode só matar que não pode)
2. A decisão do Superior Tribunal de Justiça confirma na notícia acima que "bater pode só matar que não pode".

Se eu tivesse no meu blog um espaço para humor publicaria essa matéria lá. Avisaria a todos os agressores de mulheres para acessar e caírem na gargalhada. Eles poderiam até montar, se é que ainda não têm, uma estratégia para a tortura: Um pouquinho a cada dia, afinal de contas como diz a música funk “um tapinha não dói”. Poderiam se reunirem para conselhos mútuos:

__ mantenham a calma! Cuidado para não ultrapassarem os limites e levar sua amada à morte. Porque para a lei bater pode só matar que não pode!

De acordo com a lei se o agressor for esperto não será punido nunca, é só não ser burro o suficiente para ultrapassar os limites da agressão levando a vitima à morte. Os vizinhos que já se sentiam constrangidos em avisar a quem de direito sobre as agressões, agora podem ficar despreocupados... tapem os ouvidos, fechem as janelas, porque essa tortura promete. Ela vai longe. A vitima, que depois de uma denúncia apanha em dobro por ter denunciado, (porque o cara vai à delegacia e volta pra casa) terá que decidir: arranjar forças para cair fora ou esperar que o agressor perca a cabeça, se ela tiver sorte irá só pro hospital. Aí sim a lei será cumprida, por ter havido um crime considerado “grave”. Um tapinha, dois três, 365, uma vida inteira de tapinhas não é nada grave para quem não os toma.
http://www.correiobraziliense.com.br/app/noticia182/2010/02/24/brasil,i=175707/ACAO+PENAL+CONTRA+AGRESSOR+DEPENDE+DE+REPRESENTACAO+DA+VITIMA.shtml

“Maria da Penha recomenda que a mulher denuncie a partir da primeira agressão. ‘Não adianta conviver. Porque a cada dia essa agressão vai aumentar e terminar em assassinato.’

Não podemos permitir que os agressores continuem fazendo mais e mais vítimas a cada dia, devemos denunciá-los e cobrar de nossas autoridades o cumprimento da lei, para que as mulheres possam ter direito à vida, como diz o primeiro artigo da nossa constituição. E o engraçado em falar da constituição, é que existem estudiosos do Direito que dizem que a Lei Maria da Penha é inconstitucional, por privilegiar em excesso um determinado grupo social, alegando que isso afeta o direito a igualdade independente do gênero, porém eles não se atentam ao fato de que para existir igualdade deve haver antes eqüidade/justiça social, que as mulheres não possuem as mesmas condições que os homens, dentro de nossa sociedade sectarista, que trata mulheres e homens de maneira desigual, favorecendo em todos os aspectos os homens, por isso é que essa lei se faz necessária, assim como delegacias só de mulheres, pois só quando ambos (mulher e homem) tiverem realmente as mesmas condições, as mesmas chances, é que poderemos falar de igualdade entre os gêneros.”

2/25/2010

87% das garotas vivenciam agressão no namoro

Meninas não ocupam só papel de vítimas, mas também de autoras dos maus-tratos
Confira em:

A farmacêutica Maria da Penha Maia Fernandes foi o caso-homenagem à Lei Federal nº 11.340. Agredida pelo marido durante seis anos, foi alvo de duas tentativas de homicídio. Na primeira, com arma de fogo, episódio que a deixou paraplégica. O marido só foi punido após 19 anos de julgamento e ficou apenas dois anos em regime fechado. O caso foi levado à Comissão Interamericana de Direitos Humanos da Organização dos Estados Americanos (OEA).
Seu conselho às mulheres:
“Que a mulher, em primeiro lugar, se auto-valorize, estude, tenha uma profissão, tente encontrar seu espaço na sociedade, tome conhecimento de quais os seus direitos como pessoa humana quer como filha, como mulher, como esposa, como cidadã, como profissional etc. Engajar-se nos movimentos de mulheres, para exigir que a sua cidade tenha a sua Delegacia da Mulher, Casa Abrigo, Centro de Referência, Juizado de Violência Doméstica. Só assim a mulher se sentirá respaldada, para sair do medo e da depressão e procurar ajuda. Hoje, nós não precisamos mais sofrer caladas, anos a fio. O agressor que vive ou viveu conosco, e coloca em risco nossa vida e a vida de nossos filhos, precisa ser denunciado. Porque viver sem violência e uma vida digna é um direito de todos, e nós mulheres temos esse direito também”!
Quando a violência contra a mulher acaba, a vida recomeça!
Disk Denúncia 180.

Violência física é o uso da força com o objetivo de ferir, deixando ou não marcas evidentes. São comuns murros e tapas, agressões com diversos objetos e queimaduras por objetos ou líquidos quentes. Quando a vítima é criança, além da agressão ativa e física, também é considerado violência os fatos de omissão praticados pelos pais ou responsáveis.
A Violência Psicológica ou Agressão Emocional, às vezes tão ou mais prejudicial que a física, é caracterizada por rejeição, depreciação, discriminação, humilhação, desrespeito e punições exageradas. Trata-se de uma agressão que não deixa marcas corporais visíveis, mas emocionalmente causa cicatrizes indeléveis para toda a vida.
A violência verbal normalmente se dá concomitante à violência psicológica. Alguns agressores verbais dirigem sua artilharia contra outros membros da família, incluindo momentos quando estes estão na presença de outras pessoas estranhas ao lar.

Em recorrência de sua menor força física e da expectativa da sociedade em relação à
violência masculina, a mulher tende a se especializar na violência verbal mas, de fato, esse tipo de violência não é monopólio das mulheres.

Para saber mais:

Anônimo disse...
Vamos continuar trabalhando nesta area da violencia domestica, principalamente na vida de tantas mulheres que sofreram e sofrem com esta violencia. As vezes pensamos que nos lares de familias evangelicas nao acontecem isto, mas é exatamente em muitos de nossos lares de "irmaos", nossas amigas estao sofrendo com varios tipos de violencia. Minhas irmas, nao fiquem caladas, abre suas bocas, voce veio a este mundo para ter uma vida em abundancia naquele que nos deu a liberdade, JESUS CRISTO.


VIOLÊNCIA CONTRA A MULHER



No dia internacional da mulher elas merecem mais do que flores!

Merecem o engajamento de todos na
conquista de seus direitos à cidadania
e justiça penal aos "machos" que
as espancam
psicológica
moral e
fisicamente.

Desejamos às mulheres que têm seu direito mais básico invadido pela força bruta, o que Matin Luther King Jr. desejava aos negros: "que tenham as riquezas da liberdade e a suprema justiça" aos seus agressores.

LEI MARIA DA PENHA- 11.340/06
O Brasil precisou ser condenado pela OEA- pela negligência com que tratava a questão da violência contra a mulher para tomar a iniciativa de mudar as leis brasileiras. Uma das primeiras ações do presidente Lula foi criar a Secretaria Especial de Políticas para as mulheres, alicerce para a criação da Lei Maria da Penha. Essa Lei representa a libertação das mulheres brasileiras oprimidas por uma sociedade machista e patriarcal. Ela estabelece cinco formas de violência doméstica e familiar contra a mulher:
· Física
· Psicológica
· Sexual
· Patrimonial
· Moral
Então Maria da Penha, dedicamos a você esse 8 de março e também o 30 de abril, que contribuiu com a criação da Lei com seu sofrimento, emprestando seu nome a ela para resgatar a cidadania e resguardar a dignidade da mulher. Ela é a carta de alforria da mulher brasileira que agora tem apoio para se libertar de uma vida de opressão. Pelo menos as que têm coragem de denunciar, exercendo o direito de não serem agredidas.
Saiba mais sobre Maria da Penha clicando no link abaixo.
http://www.mch.ifsuldeminas.edu.br/~cimma/Violencia.php

2/24/2010

VOTO FEMININO


Podemos dizer que o dia 24 de fevereiro de 1932 foi um marco na história da mulher brasileira. Nesta data foi instituído o voto feminino. As mulheres conquistavam, depois de muitos anos de reivindicações e discussões, o direito de votar e serem eleitas para cargos no executivo e legislativo.
Com o advento da República, uma das primeiras defensoras do voto feminino no foi Josefina Álvares de Azevedo. Fundadora, em 1888 na cidade de São Paulo, do primeiro jornal feminino de repercussão (A Família), ela sempre se manifestou em favor da emancipação social da mulher. Praticamente toda sua obra tinha o objetivo de intervir na ordem social e política do seu tempo, de modo a criar condições mais justas e igualitárias entre os sexos.Nas páginas de "A Família", a primeira causa que defendeu em prol da elevação do status das mulheres na sociedade foi a educação.
Com um pensamento bastante radical para a época, mais do que, talvez, de todas suas companheiras do final do século XIX, reivindicava para o sexo feminino um tipo de educação que desenvolva sua capacidade para exercer não só a direção da família, mas também as mais altas funções do Estado. Após a proclamação da República, passa a defender o direito de voto para as mulheres. Defendia que, sem esse direito, a igualdade prometida pelo novo regime político não passava de uma utopia.


No código eleitoral Provisório (Decreto 21076), de 24 de fevereiro de 1932, o voto feminino no Brasil foi assegurado, após intensa campanha nacional pelo direito das mulheres ao voto. Fruto de uma longa luta, iniciada antes mesmo da Proclamação da República, foi ainda aprovado parcialmente por permitir somente às mulheres casadas e às viúvas e solteiras que tivessem renda própria, o exercício de um direito básico para o pleno exercício da cidadania. Em 1934, as restrições ao voto feminino foram eliminadas do Código Eleitoral, embora a obrigatoriedade do voto fosse um dever masculino. Em 1946, a obrigatoriedade do voto foi estendida às mulheres. Foram muitas as mulheres que lutaram pela conquista do direito ao voto feminino: Julia Barbosa, Bertha Lutz, Leolinda Daltro, Celina Vianna, Nathércia da Cunha Silveira, Antonietta de Barros, Almerinda Gama, Jerônima Mesquita, Maria Luisa Bittencourt, Alzira Teixeira Soriano, Carlota Pereira de Queiroz, Josefina Álvares de Azevedo, Carmen Portinho, Elvira Komel, Amélia Bevilacqua, Isabel de Sousa Matos e diversas outras mulheres que participaram de tão importante conquista.
Estamos colhendo hoje o que muitas mulheres plantaram no passado.
O que estamos plantando para que as mulheres da nova geração colham com alegria?
http://www.mch.ifsuldeminas.edu.br/~cimma/Datas.php

sunamita disse... Senhorinha tenho acompanhado todos os dias do mês de fevereiro as postagens no seu blog,gostei muito da onde vc fala de sua mãe e da irmã diola e tbém a do dia 24,eu não sabia sobre essa história,enriqueceu o meu conheçimento,obrigada por plantar a semente de um mundo melhor 

2/06/2010

AMEAÇAS À CIDADANIA DA MULHER BATISTA



Pr. Edvar Gimenes de Oliveira

A mulher já passou por fases “curiosas” em sua história. Foi, por exemplo, impedida de conversar com homem em publico; rejeitada no nascimento pela crença de que filha não abria as portas do paraíso para o pai; obrigada a andar “empacotada” para não ser objeto do desejo masculino; proibida de usar calças compridas; impedida de votar sob a justificativa de que as obrigações domésticas dificultariam o exercício político; recusada em plano de saúde e no mercado de trabalho por causa de possível gravidez e até condenada a ficar calada na igreja.
Isso tudo seria coisa do passado se a história da humanidade fosse linear, mas não é. A história e escrita dia-a-dia e seus atores estão em constante luta para fazerem prevalecer vontades individuais ou de grupos. Isso acontece fora e dentro das igrejas.

Dentro das igrejas batistas associadas à Convenção, a mulher lidera organizações em todas as áreas, participa de conselhos e comissões, ensina em classes de seminários ou de EBD e faz palestras sobre temas diversos, por exemplo. Inegável, portanto, é sua contribuição à saúde e desenvolvimento das igrejas nas quais é valorizada.Essa realidade, entretanto, está sob ameaça e isso não é ficção, senão vejamos:Até aproximadamente 30 anos atrás, a Convenção Batista do Sul dos Estados Unidos, responsável pelo início da obra batista no Brasil, contava com mulheres ensinando em suas instituições teológicas e não eram discriminadas em qualquer das disciplinas oferecidas. Elas podiam ensinar na EBD, independente de presença masculina entre os alunos, ser educadora ou regente congregacional. Com a mudança no comando da Convenção do Sul, no início da década de 80, os novos dirigentes articularam para que batistas com pensamento diferente dos deles não fossem eleitos para as “juntas administrativas” e assim conseguiram banir a diversidade e implementar a uniformidade em suas instituições. Alguns missionários que atuavam no Brasil tiveram que deixar o campo por não concordarem com esta política.

Isso foi feito sob o argumento de preservar a fidelidade às Escrituras, porém, uma outra maneira de interpretar a Bíblia foi imposta, mulheres passaram a ser impedidas de ensinar em alguns seminários e igrejas onde houvesse presença masculina e até proibidas de se matricularem em disciplinas - homilética, por exemplo – que, no exercício, as colocariam em suposta posição de autoridade sobre homens. No Brasil, aliados deste tipo de pensamento se colocam apenas como fiéis defensores da inerrância bíblica, defendendo uma interpretação popular (ou literal, como dizem) dos textos sagrados, desconsiderando a cultura* no qual foram produzidos e posicionam-se contrários à consagração de mulheres ao pastorado, sob alegação chantagista de que isso seria uma porta para a aceitação de homossexuais na igreja. Silenciam, entretanto, no que se refere à crença – e fato que vai se consumando - de que mulheres “devem aprender caladas na igreja”. Defender isso publicamente, sem primeiro assumir o comando das instituições que formam o pensamento denominacional (seminários e editoras), seria dar tiros nos pés.

Que ocorrências me fazem pensar no título deste texto?
a) cresce o número de pastores batistas envolvidos em conferências promovidas por organização que representa este pensamento no Brasil;
b) está se tornando comum, por parte de pastores batistas, o discurso da volta aos “pais reformadores”, como se o pensamento dos líderes do passado, especialmente os das reformas do século XVI e XVII, fosse homogêneo e celestial e a volta ao que eles criam fosse a vontade de Deus para a salvação do mundo;
c) há proposta sobre a mesa do Conselho da CBB de criar-se diretor único para os seminários nacionais batistas e também que os seminários da CBB firmem convênio com seminário norte-americano adepto desta linha de pensamento, “para o desenvolvimento do programa de pós-graduação lato e stricto sensu”;
e) sob o argumento da agilidade, busca de espiritualidade ou capacitação (buscas com as quais me afino), o cerco em torno da participação popular em nossas assembléias está se fechando e concentrando-se, cada vez mais, o poder decisório em fóruns com presença menor de batistas;
Não creio que tais ocorrências sejam fruto de orquestração como ocorreu na SBC. Mas nada custa alertar aqueles e aquelas que acreditam que todos somos igualmente filhos de Deus (Gal. 3.26-28), no sentido de estarem atentos, a fim de não permitirmos retrocesso na cidadania da mulher batista, através da aceitação de pensamentos doutrinários heréticos em relação à tradição histórica dos batistas. Se não estivermos atentos, daqui a 50 anos, além do silêncio na igreja, as mulheres voltarão a usar véu, não poderão mais falar com homens em espaços públicos, terão lugar separado, em segundo plano, em nossas “sinagogas” e, quem sabe, aproveitando a moda afegã, serão obrigadas a usar “burca” (pois já há usuárias do véu!), de tão culturalmente “bíblicos” que seremos.

Com mais de 100 anos, estarei no céu, mas nossas netas viverão puríssimas, sob fundamentos “bíblicos” e antecipadamente, no inferno. Quem viver verá!

12/02/2009

AMEAÇAS À CIDADANIA DA MULHER BATISTA


A mulher já passou por fases “curiosas” em sua história. Foi, por exemplo, impedida de conversar com homem em publico; rejeitada no nascimento pela crença de que filha não abria as portas do paraíso para o pai; obrigada a andar “empacotada” para não ser objeto do desejo masculino; proibida de usar calças compridas; impedida de votar sob a justificativa de que as obrigações domésticas dificultariam o exercício político; recusada em plano de saúde e no mercado de trabalho por causa de possível gravidez e até condenada a ficar calada na igreja.
Isso tudo seria coisa do passado se a história da humanidade fosse linear, mas não é. A história e escrita dia-a-dia e seus atores estão em constante luta para fazerem prevalecer vontades individuais ou de grupos. Isso acontece fora e dentro das igrejas.

Dentro das igrejas batistas associadas à Convenção, a mulher lidera organizações em todas as áreas, participa de conselhos e comissões, ensina em classes de seminários ou de EBD e faz palestras sobre temas diversos, por exemplo. Inegável, portanto, é sua contribuição à saúde e desenvolvimento das igrejas nas quais é valorizada.Essa realidade, entretanto, está sob ameaça e isso não é ficção, senão vejamos:Até aproximadamente 30 anos atrás, a Convenção Batista do Sul dos Estados Unidos, responsável pelo início da obra batista no Brasil, contava com mulheres ensinando em suas instituições teológicas e não eram discriminadas em qualquer das disciplinas oferecidas. Elas podiam ensinar na EBD, independente de presença masculina entre os alunos, ser educadora ou regente congregacional. Com a mudança no comando da Convenção do Sul, no início da década de 80, os novos dirigentes articularam para que batistas com pensamento diferente dos deles não fossem eleitos para as “juntas administrativas” e assim conseguiram banir a diversidade e implementar a uniformidade em suas instituições. Alguns missionários que atuavam no Brasil tiveram que deixar o campo por não concordarem com esta política.

Isso foi feito sob o argumento de preservar a fidelidade às Escrituras, porém, uma outra maneira de interpretar a Bíblia foi imposta, mulheres passaram a ser impedidas de ensinar em alguns seminários e igrejas onde houvesse presença masculina e até proibidas de se matricularem em disciplinas - homilética, por exemplo – que, no exercício, as colocariam em suposta posição de autoridade sobre homens. No Brasil, aliados deste tipo de pensamento se colocam apenas como fiéis defensores da inerrância bíblica, defendendo uma interpretação popular (ou literal, como dizem) dos textos sagrados, desconsiderando a cultura* no qual foram produzidos e posicionam-se contrários à consagração de mulheres ao pastorado, sob alegação chantagista de que isso seria uma porta para a aceitação de homossexuais na igreja. Silenciam, entretanto, no que se refere à crença – e fato que vai se consumando - de que mulheres “devem aprender caladas na igreja”. Defender isso publicamente, sem primeiro assumir o comando das instituições que formam o pensamento denominacional (seminários e editoras), seria dar tiros nos pés.

Que ocorrências me fazem pensar no título deste texto?

a) cresce o número de pastores batistas envolvidos em conferências promovidas por organização que representa este pensamento no Brasil;
b) está se tornando comum, por parte de pastores batistas, o discurso da volta aos “pais reformadores”, como se o pensamento dos líderes do passado, especialmente os das reformas do século XVI e XVII, fosse homogêneo e celestial e a volta ao que eles criam fosse a vontade de Deus para a salvação do mundo;
c) há proposta sobre a mesa do Conselho da CBB de criar-se diretor único para os seminários nacionais batistas e também que os seminários da CBB firmem convênio com seminário norte-americano adepto desta linha de pensamento, “para o desenvolvimento do programa de pós-graduação lato e stricto sensu”;
e) sob o argumento da agilidade, busca de espiritualidade ou capacitação (buscas com as quais me afino), o cerco em torno da participação popular em nossas assembléias está se fechando e concentrando-se, cada vez mais, o poder decisório em fóruns com presença menor de batistas;

Não creio que tais ocorrências sejam fruto de orquestração como ocorreu na SBC. Mas nada custa alertar aqueles e aquelas que acreditam que todos somos igualmente filhos de Deus (Gal. 3.26-28), no sentido de estarem atentos, a fim de não permitirmos retrocesso na cidadania da mulher batista, através da aceitação de pensamentos doutrinários heréticos em relação à tradição histórica dos batistas. Se não estivermos atentos, daqui a 50 anos, além do silêncio na igreja, as mulheres voltarão a usar véu, não poderão mais falar com homens em espaços públicos, terão lugar separado, em segundo plano, em nossas “sinagogas” e, quem sabe, aproveitando a moda afegã, serão obrigadas a usar “burca” (pois já há usuárias do véu!), de tão culturalmente “bíblicos” que seremos.

Com mais de 100 anos, estarei no céu, mas nossas netas viverão puríssimas, sob fundamentos “bíblicos” e atencipadamente, no inferno. Quem viver verá!