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3/31/2010

Afinal o que é Páscoa?- Êxodo 12

















A palavra páscoa significa “passagem” e está relacionada primeiramente ao povo de Israel quando escravizado no Egito. Mas que passagem será essa?
Como os israelitas saíram de Canaã e se tornaram escravos no Egito?

Tudo começou com o jovem José que morava na terra de Canaã com seu pai Jacó também conhecido como Israel. José era uma espécie de “queridinho do papai” por isso seus irmãos sentiam inveja dele. Um dia, por pura maldade, venderam-no a uns comerciantes. Os comerciantes venderam José a Potifar oficial do Faraó do Egito.

Depois de um tempo servindo a Potifar como um escravo doméstico, José foi preso injustamente. Mas Deus estava cuidando dele. Lá na prisão dois presos que eram servos de Faraó tiveram um sonho. Deus deu a José o poder da interpretação. E tudo aconteceu do jeitinho que José interpretou; um foi morto e o outro voltou a servir ao Faraó.

Um tempo depois o próprio Faraó teve dois sonhos e José foi chamado para interpretá-los. De acordo com a interpretação dos sonhos, o Egito passaria por um período de sete anos de boa colheita e muita fartura. Teria também logo após, sete anos de escassez de alimentos. Além de interpretar os sonhos de Faraó, José deu sugestões para resolver o problema, guardando os alimentos dos sete anos de fartura para serem consumidos nos sete anos de fome. O Faraó ficou tão impressionado com a sabedoria de José que o convidou para ser o governador do Egito.
No período dos sete anos de fome os irmãos de José saíram de Canaã e foram ao Egito comprar comida. José os reconheceu e os levou para o Egito juntamente com seu pai e todos que moravam com ele. Ao todo setenta pessoas.

O tempo passou. José envelheceu e morreu. Outros faraós que não conheciam José sucederam aquele que o conhecia. E os israelitas, considerados estrangeiros foram obrigados a trabalhos forçados e se tornaram escravos.

Depois de quatrocentos anos Deus ouviu o clamor do povo de Israel. Ele enviou Moisés para tirar o povo do Egito e trazê-lo de volta a Canaã. Não foi fácil libertar o povo da escravidão. O Faraó não queria perder todo aquele trabalho que era feito de graça. Só depois de sofrer dez pragas é que Faraó deixou o povo sair.

O significado da palavra “páscoa” está relacionado à décima praga que Deus mandou sobre o Egito: “ a morte dos primogênitos, ou seja dos primeiros filhos, tanto das pessoas como dos animais. Para que os filhos mais velhos dos israelitas também não morressem Deus orientou-os em como agir. Deveriam matar um cordeiro, passar seu sangue na parte superior da porta. Deveriam também comer a carne do cordeiro assada e com as malas prontas, porque assim que os egípcios descobrissem que seus filhos mais velhos haviam morrido o faraó deixaria o povo partir de volta para sua terra.

Aconteceu exatamente assim. A morte não passou em nenhuma casa que tinha o sangue do cordeiro na porta. Faraó ao descobrir que seu filho mais velho havia morrido, chamou Moisés e mandou que o povo saísse imediatamente do Egito. E o povo saiu liderado por Moisés.

Deus ordenou que o povo comemorasse todos os anos a data da saída do Egito com uma festa chamada Páscoa – “Passagem da morte sobre as casas onde tinha o sangue do cordeiro, deixando vivos os primogênitos israelitas” e “passagem da escravidão do povo de Israel para a liberdade”.
Por que a Páscoa também está ligada a Jesus Cristo?

  • Jesus Cristo foi chamado por João Batista de “O cordeiro de Deus”. Da mesma forma que a morte e o sangue do cordeiro livraram os primogênitos dos israelitas da morte física a aceitação do sacrifício de Jesus na cruz do calvário nos livra da morte eterna.
  • A morte e ressurreição de Jesus aconteceu na ocasião da comemoração da festa da Páscoa. Ele é o cordeiro de Deus que morreu e ressuscitou para libertar todo aquele que nele crê da escravidão do pecado, dando-lhe a liberdade da vida eterna.
Por que os símbolos da Páscoa são ovos e coelhos?
Ao longo da história as pessoas foram inventando maneiras de comemorar a morte e ressurreição de Jesus:
  • Considerando que a morte e ressurreição de Jesus está relacionada ao presente da salvação. As pessoas começaram trocar presentes por ocasião da Páscoa.
  • Conta-se que uma senhora camponesa, sem dinheiro para comprar presentes para os filhos no dia da Páscoa, teve uma idéia brilhante. Pintou vários ovos de galinha com tintas coloridas e escondeu-os no quintal. As crianças passaram algum tempo brincando de encontrar ovos escondidos. Quando uma das crianças encontrou um ovo, passou um coelho correndo perto do local. Na sua fantasia infantil ela pensou que o coelho havia botado o ovo colorido.
  • O hábito de trocar ovos de chocolate surgiu na França. Antes disso, eram usados ovos de galinha para celebrar a data.
Mas o maior presente é sempre dado por Jesus: a salvação: uma vida feliz aqui na terra e eternamente feliz no céu.
Considerando que coelhos e ovos de chocolate não tem nada a ver com a morte e ressurreição de Jesus para a salvação dos pecados das pessoas, qual deveria ser então os símbolos da Páscoa?
Senhorinha Gervásio

9/27/2009

A verdadeira riqueza




“Eis que estou à porta e bato; se alguém ouvir a minha voz e abrir a porta, entrarei em sua casa e cearei com ele, e ele, comigo.” (Ap 3.20).


Esta palavra que muitas vezes é citada por muitos crentes, como convite para os não crentes, na verdade foi dirigida originalmente a uma Igreja, ou seja, um grupo de pessoas que se reuniam regularmente para prestar culto, na cidade da Província Romana da Ásia chamada de Laodicéia.
Porque Cristo estaria à porta de uma igreja, batendo e condicionando a sua entrada a que ouvissem sua voz e abrissem a porta? No caso de Laodicéia, uma das sete igrejas destinatárias das cartas do Apocalipse, isto estava acontecendo porque há muito as características da cidade haviam se mesclado com as da Igreja ao ponto de já não ser mais possível distinguir quem era uma e outra.
A cidade de Laodicéia era um grande centro financeiro, uma das cidades mais ricas do mundo de então. Sua riqueza era tanta que quando no ano 61 d.C., a região foi devastada por um terremoto, seus cidadãos reconstruíram-na com seus próprios recursos e dispensaram qualquer ajuda do Império. Confundindo essa prosperidade material com a própria situação, a Igreja laodicense achava que podia dizer - “estou rico e abastado e não preciso de coisa alguma.” (v.17).
Laodicéia era também um grande centro da indústria do vestuário. Orgulhava-se principalmente pela fabricação de uma espécie de manto de lã violeta chamado trimita, que era tão importante na sua economia que às vezes a cidade era chamada de Trimitaria.
A cidade era ainda um centro médico de grande projeção. Lá fabricava-se um colírio para os olhos que depois era exportado para os mais diversos rincões do Império Romano.
Pois bem, é a esta Igreja que se confundia com cidade em que estava localizada e que por isso mesmo se pensava próspera pelo seu ouro, pelos seus vestidos e pelos seus recursos médicos que Cristo vai dizer: “nem sabes que tu és infeliz, sim, miserável, pobre, cego e nu.” (v.17). Em outras palavras a riqueza material, a ostentação e a idéia da autossuficiência haviam levado Cristo a afastar-se da Igreja.
Laodicéia tornara-se igreja morna, repugnante, antropocêntrica (v.16). Seus bens materiais, longe de levá-la a uma aproximação com o Senhor, faziam-na cada vez mais distante desta realidade. Não será esta a verdade da vida de tanta gente hoje? Quantas pessoas, igrejas e famílias não estão permitindo que sentimentos de soberba e poder afastem-nas de Deus?
Como em Laodicéia, Cristo está à porta e bate, Ele não desiste de nós. Quando abrirmos as portas, a promessa é maravilhosa “entrarei em sua casa e cearei com ele, e ele, comigo.” (v.20). Isso já aqui neste mundo, porém o melhor ainda está reservado para a eternidade: “Ao vencedor, dar-lhe-ei sentar-se comigo no meu trono, assim como também eu venci e me sentei com meu Pai no seu trono.” (v.21).

Pr. Ailton Sudário