10/15/2009

O Educador Cristão Nas trilhas de Minas


















 Wagno Alves Bragança Pastor batista
Diretor da unidade do Colégio Batista Mineiro em Uberlândia- MG

INTRODUÇÃO:
Educar, no contexto da escola, não é uma tarefa fácil pelas implicações inerentes ao aluno, o professor, a família e a sociedade em geral. Esta dificuldade é ainda mais visível quando se trata da educação cristã, no âmbito da igreja.
Os valores, os padrões familiares e culturais, assim como a cultura da escola e do professor podem criar alguma tensão no processo de ensino-aprendizagem. Por outro lado, alguns preconceitos podem ser impeditivos de uma educação holística no âmbito da realidade humana individual e social. Ninguém pode esquecer que o homem é um ser de desejos porque tem em si uma fonte de energia que alimenta a sua vontade.
O processo educativo não se limita a certa fase etária ou estágio de desenvolvimento. Pelo contrário, percorre toda a vida do sujeito e tende para o futuro, ou seja, é intrínseco ao devir da pessoa humana. Neste processo de interação, que se pretende abrangente e globalizante, o equilíbrio é sempre uma meta a alcançar.
Nesta sequência pode perguntar-se o que é a educação?
A etimologia da palavra educação é significativa e reveladora de implicações para justificar o diálogo e a investigação como princípios metodológicos. O vocábulo educação provém fonética e morfologicamente de educare (conduzir, guiar, orientar), e semanticamente contém o conceito de educere (fazer sair, extrair, dar à luz) (VILLA, 2000 p.234) Acreditamos que este é o fundamento antropológico de toda educação: no princípio era o nada, no sentido do não concluído, do não dado, do não programado, ou no dizer de Paulo Freire, programado apenas para aprender. Daí ser a educação um fazer sair, extrair, dar à luz, em primeiro lugar a própria condição de humano. O homem é um ser biológico e é pela educação (cultura) que supera sua condição de primata. (MORIM, 2000, p.47) Portanto, a educação é um processo de libertação de nossa própria condição de ser puramente biológico. É na relação com o outro que nos humanizamos, visto que existir é coexistir.
Contudo, no contexto deste trabalho, partilho da etimologia e-ducere, “conduzir para fora de”. Este é um sentido primordial. A educação revela-se assim como algo dinâmico, um caminho, um itinerário que leva o sujeito de um lugar para outro. Neste sentido, o tema proposto para este debate tem tudo a ver com a educação: O Educador Cristão nas Trilhas de Minas.

Dissecando o tema:

1. O EDUCADOR
Educador: latim educāto,rōris, "o que cria, nutre; diretor, educador, pedagogo". Educatore ”Que, ou aquele que educa”
A palavra “educador” traz um conceito abrangente, e determina a pessoa que ensina através de ações práticas e reflexivas. São as ações práticas que levam a reflexão, e a reflexão transforma-se em novas práticas. Para Madalena Freire (Filha de Paulo Freire), não há distinção entre educador e professor. Ela diz que “educador é todo aquele que trava e constrói uma situação educativa; educador é aquele que ensina”.
Educador é alguém de desafio - O ser humano não escapa ao fato de ter que se situar num universo de fenômenos. Neste aspecto, surge a questão de sentido como o estabelecimento de uma ligação entre o homem, os outros homens e o mundo e o próprio Deus, por meio de valores socialmente reconhecidos. Trata-se de uma “religação” ou duma “realiança”. Esta realiança essencial e conscientizada abre as vias do conhecimento de si mesmo, a partir da qual podemos começar uma verdadeira discussão sobre o sentido da educação.
O educador não é simplesmente um ser de saber e de saber-fazer, um erudito, uma “caixa de fichas”. Ele é este ser consciente e lúcido, que se apóia sobre o conhecimento de si, experiencialmente assumido, para acolher o saber dos outros, em benefício da dúvida, e fazê-lo frutificar.
O educador é, deste fato, sempre potencialmente um ser de desafio antes de ser um ser de mediação. O conhecimento que ele possui de sua realidade virá provocar a “desordem estabelecida” e desafiar as novas descobertas, fazendo com que ocorra o movimento de saída para o encontro com outros saberes.
O educador é igualmente um ser de mediação - O educador, nesse campo, é necessariamente um mediador entre saber e conhecimento. Ele se torna, necessariamente, um facilitador do conhecimento, tomando a figura do mestre intelectual – aquele que sabe – da do mestre espiritual – aquele que conhece e sabe que ele não sabe. O educador dialetiza um modo de exploração do simbólico. Sua abordagem empurra-nos a dialética, ao confronto, à busca de novas experiências.
2. O EDUCADOR CRISTÃO
Ao referirmos ao Educador Cristão, nos confrontamos com o conteúdo da educação. Neste sentido, o Educador Cristão, é aquele que ensina valores e princípios cristãos. Assim, ele está comprometido com a verdade do Cristo. Para tanto, ele precisa:

2.1. Ter convicção de sua chamada - Ef.4.11-12

O EDUCADOR (CRISTÃO BATISTA) é uma pessoa chamada por Deus, confirmada pela igreja e preparada por uma instituição teológica-educacional reconhecida pela denominação batista, para atuação no ministério educacional da igreja

O chamado do educador cristão é deslumbrante: ”Levantarás os fundamentos de geração em geração e chamar-te-ão reparador de brechas e restaurador de veredas para que o país se torne habitável” Is 58.12.

2.2. Ser dedicado ao Ministério do Ensino – Rom.12.7b e Tt 2.7-8
Temos na Bíblia alguns termos que implicam em ações especificas, apontando para uma ação/divisão ministerial, com funções Ministério Evangélico, que o tornam excelente em seus objetivos, desempenho e resultados, as seguintes:
• Função profética ou “querística”, ou ministério da pregação;
• Função pedagógico-didática, ou ministério do ensino e da educação;
• Função litúrgica, ou ministério da adoração;
• Função poimênica, ou ministério pastoral;
• Função episcopal ou “kibernética”, ou ministério de supervisão, administração e liderança;
• Função “paraclética” e “noutética”, ou ministério de consolação, admoestação e aconselhamento;
• Função “koinônica”, ou ministério da comunhão;
• Função “diakônica”, ou ministério de mobilizar para o serviço;
• Função apologética, ou ministério de defesa da fé e da sã doutrina;
• Função evangelizante, ou ministério da evangelização.

Contudo, a área de atuação do Educador Cristão é a didascalia, ou ensino. Reconheço porém, que toda ação ministerial visa e objetiva o ensino, a instrução para que o homem seja aperfeiçoado segundo o modelo

3. NAS TRILHAS DE MINAS
Fonte:
• Pesquisa realizada pela Convenção respondida pelos pastores.
• Lista de alunos do STBM de 1973 a 2002.
• Cadastro da AECBMG.
• Resultado da Pesquisa de Campo:
o Igrejas que responderam à pesquisa-622
o Igrejas que não têm educador- 531
o Igrejas que têm educador-92
o Lista de Educadores-111
CONCLUSÃO
C á r c e r e d a s a l m a s
"Ah! Toda a alma num cárcere anda presa,
Soluçando nas trevas, entre as grades
Do calabouço olhando imensidades,
Mares, estrelas, tardes, natureza.
Tudo se veste de uma igual grandeza
Quando a alma entre grilhões as liberdades
Sonha e, sonhando, as imortalidades
Rasga no etéreo Espaço da Pureza.
Ó almas presas, mudas e fechadas
Nas prisões colossais e abandonadas,
Da Dor no calabouço, atroz, funéreo!
Nesses silêncios solitários, graves,
Que chaveiro do Céu possui as chaves
Para abrir-vos as portas do Mistério?!" (Cruz e Sousa)

Perguntamos: Não seria o educador cristão?

REFERÊNCIAS
ASSMAN, Hugo. (1997) Alguns toques na questão “O que significa aprender?” Impulso: Vol.10, 1997. N.º. 21.
_______ Metáforas novas para reencantar a educação. Piracicaba: UNIMEP, 2001
DEMO, Pedro. Desafios modernos da educação. Petrópolis: Vozes, 1993
_______Educar pela pesquisa. 2a ed. Campinas: Autores Associados,1997
_______Saber pensar. São Paulo: Cortez, 2001
DUSSEL, Enrique Domingos. Filosofia da libertação- crítica à ideologia da exclusão. São Paulo: Paulus,1995
_______ Ética da libertação na idade da globalização e da exclusão. Petrópolis: Vozes, 2001.
FERREIRA, Aurélio Buarque de Holanda. Minidicionário da língua portuguesa. 3.ed. Rio de Janeiro: Nova Fronteira, 1993.
FREIRE, Paulo. Ação Cultural para a Liberdade e Outros escritos. Rio de Janeiro: Paz e Terra, 1976
_______ A educação como prática da liberdade. Rio de Janeiro: Paz e Terra, 1976
_______ A Importância do ato de Ler. Cortez/ Autores associados, 1982
_______ Aprendendo com a Própria História . Rio de Janeiro: Paz e Terra, 1987
_______ A Sombra desta Mangueira. São Paulo: Olho d’água, 1995
_______ Pedagogia da Autonomia. São Paulo: Cortez, 1997
_______ Pedagogia da esperança. Rio de Janeiro: Paz e Terra, 1992
_______ Pedagogia do oprimido. Rio de Janeiro: Paz e Terra, 1975
MORIN, Edgar.Os setes saberes necessários à educação do futuro. São Paulo: Cortez; Brasília: UNESCO, 2000
VILLA, Mariano Moreno (direção) Dicionário de pensamento contemporâneo. São Paulo: Paulus, 2000

10/14/2009

O FORTALECIMENTO DO EDUCADOR CRISTÃO PARA O CUMPRIMENTO DE SUA MISSÃO



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INTRODUÇÃO:
Agradeço a gentileza do convite para falar neste primeiro encontro de educadores, que militam na difícil e desafiadora tarefa de educar na perspectiva cristã. Sinto-me honrado pelo convite e, ao mesmo tempo, reconheço a peso deste momento.

Foi-me sugerido o tema: o fortalecimento do educador cristão para o cumprimento de sua missão. Será, portanto, a partir dele que desejo conversar. Este é o meu objetivo neste momento. Convida-los para uma conversa reflexiva sobre este tema. Para tanto, vamos dividi-lo em três tempos:
• Fortalecimento do educador – Desenvolvimento pessoal;
• Para o cumprimento – Responsabilidade pessoal;
• Sua missão – O que fazer – atividade pessoal.

Destaco a ênfase na pessoa do educador (desenvolvimento pessoal, responsabilidade e atividade pessoal). Abaixo de Deus, tudo depende de você. Você é parceiro de Deus nesta empreitada. Isto é, ao mesmo tempo, um privilégio e responsabilidade.
Para tanto, convido-os a acompanharem a leitura de Efésios 4:1-13. A partir deste texto vamos fazer nossa caminhada e no final, se tivermos tempo e desejo, podemos refletir sobre algumas considerações que, porventura vocês queiram debater.
I. FORTALECIMENTO DO EDUCADOR – DESENVOLVIMENTO PESSOAL (VS.1-7)
Idéias: desenvolver essas idéias a partir de Ef. 4: 1-13
• Para o cumprimento – responsabilidade pessoal (v.11)
• Sua missão – O que fazer – atividade pessoal (vs.12-13)

PROGRAMA DE DESENVOLVIMENTO PESSOAL E PROFISSIONAL
CONCEITO
• Conscientização da 3ª visão "ver o mundo como ele é..."
• Conhecimento
• Habilidade
CONSCIENTIZAÇÃO PESSOAL
• Auto Conhecimento
• Auto Controle
• Auto Respeito
• Credibilidade
• Gestão Pessoal
• Poder Pessoal
• Mudança e Transformação
• Visibilidade
HABILIDADE INTER-PESSOAL
• Mentorização Aprendizagem
• "Coaching"
• Aconselhamento
• Comunicação
• Liderança
• Organização
• Qualidade Pessoal
CONHECIMENTO GLOBAL
• Globalização
• "Benchmarking"
• "Information up-date/up-grade"
• Cultura & Ciência
• Futurologia

"Dar-vos-ei pastores segundo o meu coração, que vos apascentem com conhecimento e com inteligência" (Jr 3.15).

1) PRECISAMOS SER OBREIROS CONVICTOS DE NOSSA VOCAÇÃO.

Jeremias 3:15 diz: "Dar-vos-ei pastores segundo o meu coração".
Daí devemos entender que os obreiros cristãos são "dados" por Deus segundo o seu Santo querer. Não adianta tentarmos "criar" um chamado, só teremos obreiros legítimos se estes possuírem chamados legítimos, e são estes que devemos priorizar, e assim treinarmos aqueles que Deus, desde toda a eternidade, chamou para a sua obra.

2) PRECISAMOS SER OBREIROS COMPROMETIDOS COM A PALAVRA.

"Dar-vos-ei pastores...que vos apascentem com conhecimento".
A Bíblia está repleta de advertências sobre a importância da Palavra na vida e no Ministério Cristão (Js 1.5-9; Sl 1.1-3; 2 Tm 3.16,17), ela é a base moral, ética, litúrgica e doutrinária do verdadeiro cristão.
Quando nos comprometemos com a Palavra, nos comprometemos uns com os outros, mesmo que ele pense, creia e viva diferente do que julguemos ser correto.
Precisamos levar a sério a advertência do profeta Oséias (4.6) segundo o qual o povo de Deus está sendo destruído porque têm desprezado o conhecimento de Deus e de sua Palavra.
Atentar para o êxito de nossa carreira (Hb 13:7), este é o nosso grande desafio em todos os tempos.

3) PRECISAMOS SER OBREIROS CONTEXTUALIZADOS COM NOSSO TEMPO E LUGAR.

"Dar-vos-ei pastores...que vos apascentem...com inteligência".
Nem tudo que funcionou para Lutero, Calvino, Langston e outros têm que necessariamente funcionar para nós. Corremos o grande perigo de "engessar" nosso conhecimento, não devemos agir assim, da mesma forma não devemos abandonar algo que seja clássico só porque não é de nossa época.
Aí entra a "inteligência", precisamos, à luz das verdades eternas do evangelho, dar respostas coerentes às questões do nosso tempo.
Qual é, por exemplo, a nossa resposta ao aborto, ao divórcio, a eutanásia, a exclusão social, a exploração do homem pelo homem, a depressão, a politicagem secular e religiosa? Cabe-nos preparar os obreiros de Deus para possuírem capacidade de reflexão própria e não para recitarem as ladainhas das teologias pré-fabricadas.

Assim sendo, cumpre-nos a solene tarefa, como educandos, educadores e pastores, de mantendo viva a chama da verdade, treinar pastores segundo o coração de Deus, que atendam aos anseios humanos. Que para isso, Deus nos ajude.

Pr. Wagno Alves Bragança

10/13/2009

Campanha Nacional de Evangelização de Crianças













A Junta de Missões Nacionais e a União Feminina Missionária Batista do Brasil lançou a Campanha Nacional de Evangelização das Crianças: Crianças para Jesus.
Uma oficina será oferecida por ocasião do Congresso Desperta pelo Brasil no final de semana de 16 e 17 de outubro nas dependências da Igreja Batista do Barro Preto em Belo Horizonte. Mais informações na matéria postada em 12 de Outubro.

Você que é lider de criança não pode perder essa oportunidade para se capacitar e enganjar sua igreja na campanha.

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10/12/2009

Congresso desperta pelo Brasil

Este é um congresso missionário que acontecerá na Igreja Batista do Barro Preto- BH nos dias 16, 17 e 18 de outubro 2009.
-Sexta-feira: 20h Abertura e Congresso Infantil
-Sábado: 9h às 17h Oficina e Congresso Infantil
-Domingo: 10he10 – Encerramento
Oficinas:
1. Impacto Missionário
2. Vocação Missionária
3. Igreja Multiplicadora
4. Crianças para Jesus
5. Ação Social
6. Surdos
As inscrições são gratuitas e devem ser feitas diretamente na secretaria da IBBP, por

 Site:

10/11/2009

Direitos da criança


-Toda criança tem o direito de ser apresentada a Jesus e ter uma experiência pessoal de salvação, “porque todos pecaram e estão separados de Deus” Romanos 3.23.

-Toda criança tem o direito de ser discipulada após sua experiência de salvação em Jesus, porque é desejo de Deus... “que todos alcancemos a unidade da fé e do conhecimento do Filho de Deus e cheguemos à maturidade, atingindo a medida da plenitude de Cristo. Efésios3.13.

-Toda criança tem o direito de receber o ensino bíblico em sua linguagem, de forma divertida, segura, e relevante.

-Toda criança tem o direito de ser amada e respeitada como ser humano.

-Toda criança tem o direito de ter professores que saibam demonstrar amor adequadamente através do contato físico, da atenção concentrada, da qualidade de tempo....

10/08/2009

Três atitudes em relação às crianças













O evangelista Marcos no capítulo 10 versículos 13 a 16 assim narra um encontro que Jesus teve com alguns pais e suas crianças: “Alguns traziam crianças a Jesus para que ele tocasse nelas, mas os discípulos os repreendiam. Quando Jesus viu isso, ficou indignado e lhes disse: ‘Deixem vir a mim as crianças, não as impeçam; pois o Reino de Deus pertence aos que são semelhantes a elas. Digo-lhes a verdade: Quem não receber o Reino de Deus como uma criança, nunca entrará nele’. Em seguida tomou as crianças nos braços, impôs-lhes as mãos e as abençoou.
Exemplos como o de Sara, Rebeca, Raquel e Ana, mulheres da Bíblia, que não podiam ser mães, nos mostram a grande importância que os filhos tinham para os casais do povo de Israel. As crianças eram para eles um tesouro precioso de Deus e a falta de filhos era motivo de grande tristeza para o casal e até de desgraça para a mulher.
Nessa semana chamada semana da criança e do professor, proponho uma reflexão sobre três atitudes em relação as crianças apresentadas neste texto.

1º- ATITUDE DOS PAIS- Busca da bênção- “Bênção é o desejo expresso através de palavras proferidas, às vezes acompanhadas de alguma ação” (Enciclopédia de Bíblia Teologia e Filosofia). Por ela Jacó trapaceou seu irmão se fazendo passar por ele, e recebeu a bênção do pai que por direito pertencia ao filho mais velho Esaú. Mais tarde o mesmo Jacó, em luta com o Anjo do Senhor, mesmo tendo sido ferido na perna, não parou de lutar enquanto não foi por ele abençoado. Por causa dessa luta Deus mudou seu nome para Israel com a seguinte explicação: “porque você lutou com Deus e com homens e venceu”. Por último já na velhice Jacó ou Israel reuniu seus filhos e netos e proferiu a cada um as palavras abençoadoras. (Genesis 49.1-33). Visto que a nação hebréia se multiplicou a partir da linhagem de Jacó o nome Israel veio a significar a nação inteira.
Ser abençoado era algo de grande importância para os Israelitas. Fazia parte da cultura que as crianças pedissem a bênção aos pais e os discípulos aos mestres. De acordo com o autor do comentário expositivo Warren W. Wiersbe era costume também os pais levarem os filhos para serem abençoados pelos rabinos. E um dia alguns levaram suas crianças até Jesus para que ele as tocasse e as abençoasse.

Lições e aplicações
Os pais citados no texto levaram seus filhos para receber a bênção do Deus Filho. Aquele que recebeu do Deus Pai toda autoridade para abençoar.
A atitude dos pais cristãos de hoje não deve ser diferente. Somos o Israel espiritual. E buscamos a bênção de Deus para nossos filhos, desde o ventre. Ao nascer os apresentamos a Deus no lar e na igreja. E ao longo dos anos de crescimento os pais são convocados a ensinar os filhos “no caminho em que devem andar” Pv. 22.6, que inclui uma série de tarefas como: Explicar-lhes o plano de salvação e quem é Jesus, para que tenham oportunidade de um encontro com ele como seu Salvador; viver a vida de Cristo a cada momento, ensinando a criança a amar a Jesus através da comunhão com ele, pela oração e estudo da Bíblia. Isso é muito mais do que orar às refeições, ler a Bíblia de vez em quando e levá-los à igreja aos domingos. Criar os filhos no caminho do Senhor é um ministério realizado pelos pais aos filhos.

2º- ATITUDE DOS DISCÍPULOS- impedimento- Os discípulos tentaram impedir que as crianças chegassem até onde estava Jesus. É certo que em algumas ocasiões grandes multidões se aglomeravam ao redor dele. É até compreensível que se preocupassem com sua proteção. Parece que se preocupavam também com o excesso de trabalho a que Jesus era submetido diariamente, porque em outras ocasiões eles tiveram a mesma postura. Quando a mulher Cananéia, seguindo a Jesus implorava, que curasse sua filha, os discípulos, incomodados com seus gritos, sugeriram a Ele que a mandasse embora (Mateus 15.23). Em outra ocasião quando se viram apertados por não ter o que oferecer à multidão faminta fizeram o mesmo, sugerindo a Jesus que mandasse a multidão embora (Marcos 6.36).
Se os discípulos conheciam o costume de pais levarem filhos aos rabinos para serem abençoados, por que tentaram impedir que as crianças chegassem até Jesus? Esse fato nos causa uma certa estranheza porque era de se esperar que os discípulos soubessem que Jesus era mais que um grande rabino. Por todos os sinais que já haviam presenciado, deveriam saber que Jesus era o Filho de Deus o Messias. Que a bênção dele àquelas crianças era de grande significado para suas famílias. Mas mesmo assim tentaram impedir o encontro.

Aplicações
A obra de Jesus não foi interrompida com sua ressurreição e volta ao céu. Ela continua pelas gerações e nesta somos os seus discípulos. Infelizmente sem nenhuma intenção e às vezes até por excesso de zelo impedimos as crianças de chegar até Jesus. Como e quando isso pode acontecer?
-Quando não há para a evangelização das crianças a mesma mobilização que acontece para evangelização de adultos.
-Quando não há investimento por parte da igreja em capacitação de obreiros para o trabalho com as crianças, atitude que demonstra a idéia de que para “ficar” com as crianças qualquer pessoa serve, descaracterizando assim a importância do ministério, com professores sem visão, dons, metas, autoridade, comunicação e entusiasmo, exercendo um ministério regular.

3º- ATITUDE DE JESUS- acolhimento- Jesus ao perceber o que acontecia às crianças indignou-se com os discípulos, repreendendo-os publicamente por impedirem o acesso delas a Ele. Em seguida anunciou que as crianças eram melhores exemplos do reino do que os adultos. Uma criança é exemplo na maneira humilde de depender dos outros e pela fé aceita sua situação, confiando que os outros cuidarão dela. Diante de Deus somos como crianças indefesas, desamparadas, incapazes de nos salvar. Somos totalmente dependentes da misericórdia e da graça de Deus. O adulto que não agir humildemente na dependência da graça de Deus, e não receber o seu Reino como uma criança, de maneira nenhuma entrará nele. Após essas palavras Jesus tocou nelas e as abençoou.
Jesus usou duas maneiras de demonstrar amor citadas pelos autores CHAMPMAN, Gary, CAMPBELL, Ross. No livro As cinco linguagens do amor das crianças, São Paulo, Mundo Cristão, 1999 -- o contato físico e as palavras de afirmação. O contato físico é uma necessidade de todo ser humano. Os bebês que são tocados por beijos abraços e cuidados de forma carinhosa são mais saudáveis do que os que passam horas sozinhos no berço. Quando maiores as crianças adoram ficar no colo dos pais, andar de mãos dadas. No período escolar brincam de empurrar, dar trombadas. Quando adultos cumprimentam-se com abraços, beijos e apertos de mão. Para entender bem a necessidade do ser humano por contato físico basta observar as comemorações dos gols no futebol e dos pontos no voleibol.
Além de tocar as crianças Jesus proferiu palavras de bênçãos a elas. Todas as pessoas trazem dentro de si a necessidade de serem apreciadas e reconhecidas pelo que são.

Aplicações
As crianças de nossas igrejas precisam ser acolhidas por todos os adultos. Precisam do toque carinhoso dos cumprimentos. Precisam de elogios saudáveis, de palavras de apreciação pelo que são e afirmação pelo esforço que fazem em se comportarem bem.
Que os atos voluntários ou não da nossa parte em impedir as crianças de conhecer Jesus, diminuam cada dia e que haja um esforço consciente de todos nós em acolher todas as crianças, apresentando-lhes JESUS.

10/07/2009

Justificativas para o investimento da igreja em crianças 2


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O texto de Deuteronômios 6.1-9 é celebre por apresentar aos pais e líderes do povo de Deus, orientações para o ensino de Sua Palavra às novas gerações. O texto apresenta com detalhes até o método que deveria ser usado pelos pais ao transmitir aos filhos os feitos de Deus entre seu povo. Mas, após o estabelecimento do povo na terra prometida pais e líderes foram acometidos de um vacilo espiritual, deixando-se influenciar pelas religiões dos povos da terra e como conseqüência deixaram a adoração ao Deus verdadeiro. Com isso não puderam transmitir nem com palavras nem com exemplos os estatutos e os princípios da lei de Deus aos seus filhos. Envolveram-se com outras demandas. O tempo passou, levou aquela geração e trouxe outra. Juízes 2.7-12 narra a tragédia a que foi submetida a nação israelita, por falta do ensino às crianças. “A nova geração não conhecia o que o Senhor havia feito por Israel”. O povo tinha sido totalmente influenciado pelas religiões dos povos da terra e adoravam aos baalins. Abandonaram Deus, nem o conheciam direito, por isso fizeram o que era mal aos seus olhos.
Ao lermos esse texto nosso coração estremece. Porque nosso desejo é que os filhos desta geração sejam adultos respeitosos e respeitados, que saibam viver em grupo, trabalhar em equipe, contribuir para a paz entre as pessoas, para a conservação do nosso planeta e que na eternidade continuem, agora completamente, na presença de Deus.
Se dermos atenção aos noticiários, entenderemos o quanto a nova geração está em perigo. Crianças e adolescentes tendo suas vidas destruídas por quem deveria protegê-las. Por adultos inescrupulosos que não conhecem Deus ou há muito se esqueceram Dele.
Estamos vivendo a semana das crianças e dos professores mas, mais do que festa, como educadores precisamos de outro tipo de presente.
Querido(a) leitor(a) todos nós somos educadores. Participamos da chamada educação informal, aquela que reconhece que educador não é só aquele que está em uma sala de aula, à frente de várias crianças. Educador também é aquele que anda pelos corredores das igrejas e escolas. Que é admirado pelas crianças, pelo carisma, carinho, amizade, atenção, gentileza e afeto. Como membro do corpo de Cristo, somos os professores, os educadores da nova geração. A experiência confirma que, como pessoas, precisamos de alguém para admirar. Seja esse alguém para uma criança. Influencie essa criança a que se torne um adulto honrado. Não podemos aceitar a realidade de que alguns bandidos sejam os “ídolos” de grande parte das crianças brasileiras. Pouco poderemos fazer para mudar a realidade daquelas que estão longe de nós. Mas podemos fazer algo para as que estão ao nosso lado.
Assumindo a posição de exemplo de uma criança você assume a posição de professor/educador. Então receba a caixa de presente pelo DIA DO PROFESSOR. Abra de mansinho e não despreze os itens contidos nela.

1º- PASTOREIO- acontece quando você tira um tempinho para conversar com uma criança. Quando através de perguntas dá-lhe oportunidade para falar de suas alegrias, seus sonhos, suas dificuldades. Nesses momentos você pode suprir alguma carência que porventura essa criança tenha, de qualidade de tempo, de atenção concentrada, de palavras de elogio.

2º- INTERCESSÃO- Por mais vigiadas que sejam nossas crianças estão expostas a algum tipo de perigo. Você pode ser um intercessor das crianças de sua igreja, de sua rua, seu bairro, sua cidade... você pode ser intercessor dos professores da educação formal que estão em sala de aula nas escolas e igrejas, para que tenham palavras sábias, paciência, amor.
Sintam-se todos homenageados pelo dia do professor. Transfiram para as crianças do seu convívio os presentes que ora recebem: pastoreio e intercessão.

FELIZ DIA DO PROFESSOR, faça feliz o dia de uma criança
Senhorinha

10/06/2009

Justificativas para o investimento da igreja em crianças



Os olhos de vários setores, principalmente o comercial estão voltados para as crianças. Milhões de dólares são investidos pelas fábricas de brinquedos e pela indústria do cinema, em desenhos animados de curta e longa metragem. Tudo para agradar as crianças. É claro que com isso agradam também aos pais, pois querem o melhor para os filhos. O melhor na educação e na diversão.
A igreja de Cristo tem nas mãos a maior de todas as oportunidades que alguém pode receber: a de ensinar as crianças o temor ao Senhor. Não só tem o melhor conteúdo, tem também os melhores professores. Mesmo aqueles que não passaram por uma graduação ou licenciatura, são os melhores. Porque se são professores de crianças na igreja são comprometidos com o Senhor da igreja. Se são comprometidos com o Senhor da igreja buscam o conhecimento e a sabedoria em Deus e em sua palavra e o aperfeiçoamento metodológico em oficinas e cursos rápidos. São pessoas que amam e pastoreiam as crianças, ensinando-lhes os princípios da fé em Jesus com alegria, diversão, relevância. Porque sabem que ao aceitar a Cristo como salvador, uma criança tem a vida toda para Dele testemunhar. Porque sabem que alcançando a criança, alcança-se a família.
Pelo menos dois grandes pregadores do passado tinham as crianças como prioridade em seus ensinos. Um deles Charles H. Spurgeon (1834-1892), quando foi professor de crianças na Escola Bíblica viu muitos pais se converterem com o testemunho de seus filhos. O outro foi Dwight L. Moody que viveu de 1837 a 1899 nos Estados Unidos. Ele dedicou-se à Escola Bíblica Dominical. Seu ensino começou com 12 crianças e ele chegou a alcançar 12 mil delas. Uma vez após uma de suas pregações perguntaram-lhe quantas pessoas haviam se manifestado a Cristo. Ele respondeu que duas e meia. O interessante é que não foram dois adultos e uma criança, mas duas crianças e um adulto. A meia pessoa, de acordo com o grande pregador, era o adulto que tinha meia vida pela frente para servir e glorificar a Deus. Mas, as duas crianças tinham a vida toda.
A visão da importância das crianças para o reino de Deus, foi passada por Jesus aos primeiros discípulos e graças a Deus tem sido passada de geração a geração chegando até nós, igreja atual. Uma pesquisa realizada pela APEC (Aliança Pro Evangelização das Crianças) constatou que 85% dos evangélicos se converteu entre os 4 e 14 anos. Dos 15 aos 30 anos o percentual caiu para 10% e após os 30 anos, caiu ainda mais, 4%.
É inteligente a igreja que investe no ministério da educação cristã, em capacitação de professores e recursos didáticos. É inteligente a igreja que busca ajuda de um educador, para orientar sua equipe educacional, pois em suas muitas atividades pastorais, torna-se muito difícil para um pastor ser também um educador eficiente.
Este é o nosso tempo. Esta é a nossa geração. O ensino dos princípios cristãos com qualidade e relevância não Só às crianças como aos adultos, deve ser o nosso legado.

Texto produzido a partir de informações contidas no livro “Pastoreando as crianças desta geração de Cláudia Guimarães, editora vida.

10/05/2009

Boas notícias do Triângulo
















A igreja batista Filadélfia em Uberlândia completou 4 anos de organização. Se considerarmos o slogan da Convenção Batista Mineira: “eu faço parte”, mais a realidade que esta igreja vive, podemos afirmar que, em se tratando de Missões em Minas, a igreja Filadélfia faz parte. Com quatro anos ela tem duas congregações organizadas e mais duas novas frentes missionárias.
Uma das interessantes histórias acontecidas nesse tempo de igreja foi a do casal Cleber e Luzia. No início da construção do templo o Pr. Reginaldo estava a procura de um pedreiro para construir o batistério. Cleber foi indicado. Enquanto trabalhava foi evangelizado pelo pastor Reginaldo. Após ter concluido o batistério Cleber foi o primeiro a ser nele batizado.
Entre as comemorações de aniversário, a igreja se confraternizou com um delicioso churrasco realizado nas dependências do Colégio Batista no dia 4 de outubro 2009.

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10/04/2009

O ESPÍRITO DO LIDER CRIATIVO



Walmir Vieira
Diretor Executivo da ANEB
Associação Nacional de Escolas Batistas



Este texto pretende destacar as características que marcam um líder do tipo que podemos chamar de criativo. Quase todos os livros sobre liderança e sobre criatividade destacam aspectos necessários à personalidade da pessoa que exerce uma liderança inovadora ou que tenha maior propensão para ser uma pessoa criativa.
Juntei as principais características neste texto. A pessoa que reunir o maior número delas certamente tenderá a ser mais criativa. Se possuir ainda, pendor para a liderança, poderá ser um líder ainda mais produtivo.
Um líder criativo é aquele que é reconhecido por sua capacidade de inovar, de promover mudanças significativas, de quebrar paradigmas arcaicos, de levar seus liderados para caminhos alternativos, de buscar novas possibilidades para velhos problemas, para fazer o trivial de uma maneira mais interessante, de fazer as coisas de forma diferente do usual.
Ser um líder criativo é fundamental para a liderança? É possível que criatividade não seja a característica mais importante do perfil de um bom líder. Entretanto, ninguém pode negar que um líder criativo tem mais chance de ter um desempenho melhor, especialmente num mundo de muitas mudanças, que valoriza a inovação, de alta competitividade e onde os pequenos detalhes diferenciais podem fazer muita diferença. É possível também ser um líder que não seja tão criativo, mas que demonstre ser sábio ao se cercar de pessoas criativas. Neste caso, o líder deve aprender a lidar com estas pessoas que, por serem mais criativas, tenderão a ter alguns comportamentos diferenciados.
Tendo ou não pendor natural criativo, todo líder pode desenvolver seu potencial criativo. Para isso, algumas posturas precisam estar acionadas na sua personalidade, no seu espírito. Falo em espírito quase como sinônimo de personalidade, no sentido de predisposição do coração e da mente para fazer o certo com o fim de atingir um objetivo, ou seja, evidenciar um conjunto de elementos que juntos viabilizam ou favorecem o ato criativo. Talvez o líder, para ser criativo, terá que rever algo do seu jeito de ser, da sua maneira como se relaciona com as pessoas, de sua reação para com os contrários e com os que pensam diferente e de seus padrões culturais.
O conjunto dos aspectos destacados neste texto faz parte da personalidade de um líder que se destaca por sua criatividade. É pouco provável que estejam todos presentes em uma só pessoa. Entretanto, pode-se observar na personalidade criativa a maioria desses traços, ou em menor ou maior intensidade, alguns deles. Portanto, o espírito do líder criativo, geralmente:


É ABERTO AO NOVO E À MUDANÇA

Quase tudo tem se transformado rapidamente. O criativo é alguém aberto para as novidades. Não tem uma mente fechada para aceitar mudar o que precisa ser mudado. Sabe que nem tudo que é novo é necessariamente bom, mas, também, sabe que há muita coisa boa sendo lançada e muita coisa nova surgindo como resultado de pesquisa séria. Sabe que sempre se aprende algo (bom e ruim) de qualquer novidade (boa ou ruim). O líder de mente aberta adota o princípio de que qualquer coisa pode ser feita de uma maneira melhor, mesmo que a atual maneira de se fazer ainda dê resultado. Ele sabe que o futuro reserva muitas surpresas e mudanças surpreendentes. Ele resiste a tendência de evitar a mudança.
José Predobom, afirma:

Nossa natureza nos faz apegar ao conforto da rotina. Devemos evitar que esta tendência se radicalize. A ponto de nos fazer sofrer com as mudanças, já que elas fazem parte da vida. A criatividade baseia-se também em mudanças. Podemos desenvolver nossa capacidade de adaptação à mudança e também podemos ir mais adiante, tornando-nos agentes de mudança. Assim encontramos mais motivação para desenvolvermos a criatividade.

Ter uma mente aberta não significa ser instável, inseguro ou sem pensamento ou personalidade definidos. Não é uma demonstração de fraqueza de valores e princípios do líder, ou uma atitude volúvel para com suas convicções. A mente aberta madura é capaz de examinar todas as coisas, aprender o que elas têm de bom e expurgar delas o que não for útil, relevante ou ético. Embora seja também capaz de rever alguns de seus princípios cujos fundamentos não tenham mais sustentação. O líder de mente aberta não se aliena da realidade, não é dogmático, nem se recusa preconceituosamente a verificar o que é novo. Não tem medo de experimentar o novo, até para julgá-lo.


É FLEXÍVEL

A flexibilidade aqui não denota somente a capacidade de mudar, de voltar atrás, de rever posições. É claro que isso é importante. Líderes criativos precisam ter um espírito flexível, para enfrentar e suportar as várias visões e posições que se apresentam sobre determinadas situações e problemas e ter a humildade de rever as suas próprias, em função de outra que se apresenta melhor. Flexibilidade é o oposto da intransigência e da rigidez. A rigidez mental e emocional é a incapacidade de aceitar mudanças. Segundo Charles Swindoll “a rigidez restringe a criatividade e, assim, bloqueia o progresso. A rigidez é ameaçada pelos riscos e pela possibilidade de fracasso, pelo que tosa as asas do futuro – e em seguida critica a pessoa por não voar”.
Muito mais importante é a flexibilidade mental. A capacidade de ver um dado problema sob um ponto de vista antes inimaginado. É a possibilidade de buscar soluções em caminhos antes inexplorados; “mares nunca dantes navegados”. É ser capaz de tentar uma fórmula nunca experimentada. Ter uma mente flexível representa um esforço para pensar diferente do tradicional. Isto pode requerer a quebra de paradigmas ou a ruptura com um modo dito lógico de pensar. As perguntas que um pensar flexível se faz são, geralmente: “Por que não?”, “E se...?”, “Que tal?” “Imagine?”.
Mais uma vez se reforça que flexibilidade não quer dizer frouxidão ética ou ausência de referenciais. Uma pessoa pode ter um espírito flexível e ao mesmo tempo ter referenciais de conduta e parâmetros éticos firmes. O que a diferencia é a capacidade de tentar entender os problemas sob a perspectiva do outro, ainda que discorde dele, e buscar a solução tendo outros focos além dos seus. Nesse processo pode até rever posturas, desde que aquelas anteriormente tidas como corretas se mostrem deficientes ou incompletas.
Corre paralela à flexibilidade a fluência. Fluência é a capacidade de “produzir mais idéias do que uma pessoa comum sobre determinado assunto”. É ser capaz de produzir idéias variadas a respeito de uma questão e vê-la sob diversos prismas. O espírito criativo é fluente. Essa fluência pode ser manifesta verbalmente ou em idéias que são expressas em pinturas, esculturas, dança e encenações.


É CURIOSO

O espírito criativo é inevitavelmente curioso. É incorrigivelmente bisbilhoteiro. Quer saber de tudo, examinar tudo, conhecer o máximo daquilo que lhe interessa fortemente. É um observador ativo e, às vezes, quebra as regras da boa discrição, tornando-se inoportuno, porque quer saber mais do que a situação permite ou que a aparência dá a conhecer. Ele não se satisfaz com a informação incompleta. Não é a curiosidade dos fofoqueiros. É a curiosidade dos enciclopedistas, dos que querem armazenar o maior número de informações.

A curiosidade – num certo sentido sinal de mente sadia, às vezes engenhosa... é a centelha que conduz pesquisadores famintos ao labirinto da verdade, recusando-se a paralisar a busca, indo ao exame total, completo.

É no domínio de muitos dados e no conhecer de fatos e situações variadas que o líder criativo de mente curiosa pode viabilizar alternativas. É porque busca saber mais que é capaz de estabelecer mais relações e terá mais possibilidades. É um pesquisador voraz. Sabe intuitivamente que quanto mais conhecer mais chance terá de encontrar soluções novas para problemas velhos.
No entanto, por causa de sua curiosidade muitas vezes seletiva, direciona seu interesse para áreas específicas. Consciente ou inconscientemente descarta informações que não sejam importantes para suas preocupações. No entanto, não hesita em ir fundo quando um assunto lhe chama a atenção ou tem alguma relação com o objeto de seu estudo. Por tudo isso a curiosidade é chamada de a mãe das invenções.


É AUTOCONFIANTE

O líder criativo tem confiança em si. Sabe que é capaz de chegar aonde quer no que depender dele. Confia na sua capacidade de levar um projeto até o fim. Acredita no seu potencial.
Autoconfiança não é auto-suficiência. Não se julga suficientemente capaz para todas as tarefas e demandas. Se não conhece e não sabe fazer todas as coisas (ninguém sabe), procura ajuda e busca conhecimento. Sua autoconfiança pode ser confundida com arrogância. Ainda que alguns eventualmente a demonstrem, isto não é o comum. Alguém disse acertadamente: confie em você e dependa de Deus.
Autoconfiança é a segurança interior. É ser capaz de lidar com os temores, com a falta de recursos, com as limitações diversas com determinação. É aceitar os desafios e ver dentro de si as possibilidades para superá-los. Como afirma Kneller: “A pessoa criativa tem íntima confiança no valor de sua obra. Pode achar-se possuída por um sentimento de missão, até mesmo de predestinação”. A autoconfiança é parceira da auto-realização. Antunes, também concorda que as pessoas criativas “revelam-se autoconfiantes nas coisas que fazem, chegando a ousadia de defender suas idéias mesmo quando contrariam às normas vigentes. Muitas vezes inconstantes em sua capacidade de concentração para outros temas, mergulham com intensidade em suas obras”. .


É PERSISTENTE

Persistência é a mais difícil das virtudes que um líder criativo deve possuir. Perseverança é fruto da paciência. Ainda que uma idéia nova surja de repente, ela nunca nasce do vazio. Ela é fruto de um esforço empreendido para chegar a ela. Muitas hipóteses já foram testadas e descartadas. Muitas frustrações já foram colhidas. Muita transpiração já foi experimentada. Albert Einstein disse alhures que “criatividade é 99% de transpiração e 1% de inspiração”. Kneller também afirmou que “a criatividade exige persistência, uma vez que ela muitas vezes tem de ser sustentada por longos períodos de tempo, e enfrentando formidáveis obstáculos”.
Muitos projetos com um alto potencial de sucesso foram abortados por falta de persistência. Diz-se que Thomas Edson, antes de criar a lâmpada, tentou, sem sucesso, mais de 900 vezes. A perseverança é o combustível da criatividade e, para muitos, infelizmente, ela acaba bem perto de chegar ao sucesso.
É natural encontrarmos resistência quando desejamos mudar algo, especialmente algo consagrado culturalmente e compartilhado por um grupo. As pessoas resistem às mudanças por insegurança, por medo, por convicção pessoal, por não acreditarem ou não entenderem o projeto de mudança ou porque esta pode lhes trazer algum tipo de perda.
Nas organizações, geralmente, nossos pares demonstram sua dificuldade de aceitação das novas idéias, novos projetos, novos programas com observações que servem como um breque às tentativas de mudanças. Algumas destas expressões e possíveis objeções corajosas a elas são:
- “Já tentamos algo parecido antes!”. Tentemos de novo e melhor ainda.
- “Isso não dá certo aqui!”. Quem garante?
- “Aqui é diferente!”. Aqui é outro planeta?
- “Nossa organização não está acostumada com isso!”. Que tal nos acostumarmos?
- “Não temos recursos!”. Podemos arrumar. Compromisso precede provisão.
- “Nossa organização não está preparada!”. Vamos nos preparar.
- “Isso pode chocar alguns!”. Esclareçamos. Alarguemos a visão deles.
- “Muitos não vão gostar!”. Muitos outros vão gostar.
- “Não é assim que aprendemos com o líder anterior!”. O líder e o tempo são outros.
- “Podemos estudar o assunto mais à frente!”. Semana que vem.
- “Nossa organização não aceita isso, não gosta disso!”. Tem o resultado da pesquisa de opinião?
- “Vamos encaminhar o assunto para uma comissão estudar!”. Parecer conclusivo em 30 dias.
- “Assim como está, está bom!”. Mas pode ficar melhor ainda. O pior inimigo do ótimo é o bom.
- “Assim, vamos perder clientes!”. Será que vamos mesmo, se estamos querendo o melhor?

O líder criativo é obstinado. Gasta tempo cultivando as boas idéias, informando-se, lendo. Fazendo experiências. Não se dá por vencido facilmente. Tenta outros caminhos, mas não desiste, se acredita firmemente no projeto.


É TOLERANTE

Tolerância é a capacidade de aceitar as diferenças e saber conviver com elas. Tolerância não significa transigência. Não é necessário abrir mão das próprias convicções ao ser tolerante. Basta aceitar os outros como são, procurando entender as razões por que assim pensam ou agem, ainda que pense diferente deles.
O tolerante é benevolente, não é preconceituoso. O tolerante convive bem com as diferenças e tira lições delas. O tolerante observa e sabe encontrar virtudes no outro diferente, seja grupo ou pessoa. É capaz até de aprender, transpor e adaptar com criatividade o que julga bom para si ou seu grupo e que dá certo em grupos de convicções diferentes das suas. O tolerante é paciente consigo mesmo e com os outros. Suporta certas contradições, fraquezas e improvisos próprios da natureza humana e, com isso, percebe algo mais, pois sua mente não se fecha para o que não concorda. Como afirma VIDAL, “o sujeito criativo tolera particularmente bem a desordem, o irracional, a tensão criada pelos valores opostos, as idéias perturbadoras, os riscos”.
O líder criativo sabe viver com os contrários. Cresce com a oposição. É benevolente para com certa ambigüidade, desordem e espontaneidade. Sabe que novas e interessantes idéias podem nascer de um aparente caos ou das posturas e práticas diferentes ou contrárias à sua.


É BEM-HUMORADO

Ter senso de humor é essencial para o espírito criativo. Pessoas criativas riem dos seus erros e gafes e encontram sempre o lado hilário das coisas. Elas não levam muito a sério seus próprios furos e micos. Divertem-se com eles. Sabem destacar o aspecto cômico de cada situação.
A imaginação aciona a fantasia, a elucubração. A fantasia ou gera patologias para os excessivamente neuróticos ou o riso para os criativos. A originalidade é sempre, a princípio, engraçada.
Aprendemos melhor quando somos envolvidos pelo lúdico. Precisamos encontrar prazer nas coisas que fazemos, caso contrário, não empenharemos o nosso melhor nelas. Estar feliz com o que se faz é fundamental para que a criatividade flua.
O líder criativo tende a ser alegre, brincalhão, piadista. Diverte-se com suas próprias idiossincrasias. Não é tão duro consigo mesmo. Isso o ajuda a desempoeirar e a oxigenar a sua mente. Kneller afirma que ä pessoa criativa tem mais senso de humor, esse humor permite ao criativo exprimir sentimentos que uma pessoa normal reprimiria.”




É VISIONÁRIO

O líder criativo geralmente desenvolve uma capacidade visionária. Enxerga longe. É capaz de ver além do seu tempo, prospectivamente. Consegue vislumbrar uma realidade ainda não existente quase como se estivesse presente. Traz o futuro para o agora na sua imaginação. No dizer de John Sculley, ex-CEO da Pepsi e da Apple Computer, citado por citado por Maxwell: “O futuro pertence aqueles que vêem as possibilidades antes que se tornem óbvias”. . Maxwell afirma que é “a visão que lidera o líder. Ela desenha o alvo. Acende e alimenta a chama interior e impele o líder para frente. Ela também acende aqueles que seguem o líder”.
Porque enxerga adiante, nem sempre é compreendido. Tido como sonhador, utópico, precisa ter mais paciência para com os que não têm a mesma percepção que a sua. Normalmente, tem noção, ainda que não totalmente clara, do caminho a ser seguido para se chegar à realização da visão. Tem consciência da realidade, mas não permite que as circunstâncias limitantes do presente impeçam a busca da concretização de seus ideais.
O líder criativo dá asas à sua imaginação, como fez esplendidamente Walt Disney. Permite-se navegar nos mares da fantasia, dos sonhos. Aventa todas as possibilidades. Não tira o pé do chão da realidade, mas antevê outras realidades que podem ser construídas a partir da que se tem. É um vislumbrador, aberto aos desafios, às novas experiências, aos impulsos. O mundo precisa de gente que vê longe.


É SENSÍVEL

Um líder criativo tem uma sensibilidade mais destacada. Primeiro, para perceber as necessidades e os sinais de um mundo em transformação. Segundo, para dar ouvidos á voz da intuição e do insight.
O criativo é sensível para perceber o que tem de mudar. Sente que tudo pode ser melhorado. Sabe quando é tempo de avançar ou recuar. Consegue detectar com mais facilidades quando mudanças de paradigmas e conceitos estão em andamento. Sente mais facilmente as insatisfações, as demandas e as carências. Essa sensibilidade especial o coloca na dianteira para buscar soluções criativas que possam suprir as necessidades.
José Predebom, afirma que pessoas criativas tornam-se agentes de mudanças por são, perante a média das pessoas, “mais sensíveis, determinadas e idealistas. Terão papel cada vez mais importante, e sua capacidade de improvisar será a grande competência do futuro. Porque as novas gerações irão administrar competências hoje inimagináveis”.
Também possui uma intuição mais aguçada que o permite antever saídas para resolver situações problemáticas. É capaz de perceber que alguns caminhos são mais propícios que outros. Ostrower afirma que “Como processos intuitivos, o processo de criação interliga-se intimamente com o nosso ser sensível. Mesmo no âmbito conceitual ou intelectual a criação se articula principalmente pela sensibilidade”. O criativo é, por natureza, intuitivo. Isto não quer dizer que dispense o trabalho de pesquisa, pensamento, testes, enfim, o desgaste da criação, mas sabe que em algum momento lhe surgirá uma luz, um insight que porá fim à intensa busca. O sofrimento até a chegada desta eureka é sempre muito intenso.


É CORAJOSO

Ser criativo exige muita coragem. Coragem para mudar o que precisa ser mudado, para romper tradições, para contrariar interesses, para destronar fórmulas e procedimentos até então consagrados como imutáveis. Para ser criativo e inovador é preciso enfrentar os diversos dogmatismos e os fundamentalismos culturais, sociais, econômicos, políticos e religiosos. É preciso coragem para mudá-los quando necessário. No entanto, não é preciso criar uma guerra ou ser suicida para que as coisas mudem. Galileu, em seu tempo, voltou atrás e concordou com o dogmatismo de então que afirmava que a Terra era o centro do universo e salvou seu pescoço. Ele sabia que um dia eles ou as próximas gerações iriam descobrir isso. Também sabia que aqueles não tinham categorias mentais suficientes para compreender o romper com o paradigma estabelecido.
Sem precisar correr risco de morte, o líder criativo depende da coragem para enfrentar as críticas dos incrédulos de plantão e dos que eventualmente duvidam de sua saúde mental. É preciso coragem para sacudir e modificar o status quo e agüentar tudo o que isto representa. O ato criativo é um ato de ousadia, pois, inevitavelmente, implicará mudanças. Toda mudança é dolorosa e tendemos a evitá-la.
O medo de fracassar nos impede de tentar arriscar. O medo paralisa, inibe. O temor é anticriativo. Rolo May afirma que “coragem não é a ausência do medo, mas a capacidade de seguir em frente apesar do medo”. É preciso coragem para criar, para ousar, para experimentar.
A coragem, entretanto, não é irracional. O bom senso sábio estabelecerá os limites da criatividade. Embora seja estranho falar em limites da criação, já que, por princípio, nela não há limite. No entanto, há uma lógica no ato criativo. Há inaceitáveis estabelecidos pelas regras do bom senso. O ato corajoso da criação também não é tolo.
O líder criativo não deixa uma idéia morrer sem ao menos ter tentado testá-la ou colocá-la em ação. Se ele tem convicção de que vai trazer benefícios e resultados positivos, não se deixa intimidar ou abater-se pelas dificuldades.


É INDEPENDENTE

A independência do líder criativo se dá em dois níveis: ser capaz de sublevar as estruturas culturais e políticas e pensá-las crítica e construtivamente; ser capaz de pensar as coisas de forma diferenciada do senso comum. Antunes afirma que pessoas criativas “mostram-se extremamente capazes e interessados de observar objetos, eventos ou fatos por ângulos inusitados. Compreendem e admitem a rotina, mas possuem sempre outras alternativas para solucionar problemas, linhas de ação ou iniciativas a tentar”.
O líder criativo sabe que está inserido num contexto cultural e político pré-estabelecido cujas regras e ditames se espera serem obedecidos. No entanto, sabe que as idéias têm força de mudança. Ao tempo em que está inserido no contexto é capaz de mentalmente afastar-se dele para detectar suas incongruências. Nesta ocasião, mostra-se um rebelde, um inconformado, um revolucionário. “Só os rebeldes são criativos”, escreveu Rollo May. Acomodados, satisfeitos, adaptados, complacentes não promovem mudança. O criativo tende a ser cético em relação a algumas afirmações categóricas, definitivas. Segundo Scheier, citado por Assumpção “a pessoa criativa possui inteligência, imaginação, audácia e certa auto-suficiência interior em oposição à dependência e imitação”.
O pensamento independente é reflexo de certa incapacidade de se adaptar. As maiorias das pessoas mais criativas da história não foram reconhecidas como tais pelos seus contemporâneos. Só a posteridade é que lhes atribuiu mérito. Só foram reconhecidas postumamente. Sofreram as agruras do pensar e agir fora do seu tempo. Rolo May afirma que muitos gênios demonstraram comportamentos fora do padrão e sofreram por isto.

Sem dúvida, na nossa cultura a criatividade associa-se a sérios problemas psicológicos. Van Gogh enlouqueceu. Gauguim era evidentemente esquizóide. Poe era alcoólatra e Virgínia Wolf sofria de depressão grave. Evidentemente criatividade e originalidade associam-se a pessoas que não se adaptam à cultura em que vivem. Mas isso não significa necessariamente que sejam produtos de neuroses.

O criativo também usa esquemas variados de pensamento. Tende a pensar de maneira diferente, isto é, seguindo esquemas de estruturas mentais incomuns. Demonstra interesses não-convencionais. Por isso, pode percorrer caminhos de lógica própria. Tem pensamentos e julgamentos independentes, autônomos. Não se conforma com os veredictos do senso comum. Critica-os. Insurge-se. Percebe-lhes facilmente suas contradições. Torrance, citado por Assumpção, resume bem o pensamento independente do ser criativo:

O problema fundamental do indivíduo criativo consiste em aprender a enfrentar a desconformidade que resulta de sua divergência, decorrendo outros problemas, como: afrontar as sanções da sociedade; as pressões para que seja uma personalidade bem moldada; o desejo de aprender por si mesmo; o gosto pelas tarefas difíceis, a busca de um propósito; as valorações divergentes; o ser motivado por recompensas diferentes; o buscar sua própria singularidade.


É APAIXONADO

Esta talvez seja uma das marcas mais forte para a criatividade. Sem paixão não se cria nada. Paixão aqui entendida em sua acepção grega: patia (sentimento, emoção, envolvimento). Contrário de apatia ou antipatia. É no fogo da paixão por algo ou alguém que plenopotencializamos nossa capacidade criativa. É na pressão da comoção, do sofrimento, da dor, do desgaste emocional, da urgência imperiosa, da demanda desesperada que geralmente nos tornamos mais criativos.
Antunes, falando das pessoas criativas afirma que elas “revelam verdadeira determinação na busca do que gostam e parecem apaixonados por seus objetivos. Ao contrário de alguns escritores ou mesmo compositores que são talentosos, mas têm preguiça de se empenhar e fazer, os alunos criativos parecem ‘jamais pensa em outra coisa que o objeto de sua criação.”
Atos criativos podem até acontecer em momentos de serenidade e ócio, mas esses momentos foram inexoravelmente precedidos de muita angústia. A paixão é a contração necessária para que o filho da criatividade nasça. Em “As 21 indispensáveis qualidades do líder”, Maxwell afirma que “você nunca poderá liderar alguma coisa pela qual você não esteja apaixonado. Não poderá iniciar um incêndio em sua organização a menos que o fogo esteja queimando primeiro em você.”
O criativo tem um espírito apaixonado, quase obcecado, pelo seu objeto de estudo. Trata-se de uma relação tão intensa que após a concepção vem o imenso prazer. Uma satisfação tão profunda que só os apaixonados podem descrevê-la.

CONCLUSÃO

O conjunto das características do espírito criativo é uma descrição ideal. A ausência de um ou mais dos elementos descritos não impedirá alguém de criar ou inovar. Contudo, dificilmente um líder será criativo se não apresentar a maior parte dessas qualidades. O espírito criativo é a soma de todas ou da maioria delas.
Quando se pensa em criatividade imediatamente se associa a grandes invenções, espetaculares descobertas, avanço tecnológico. Liderança criativa abrange também o conjunto de pequenas ações que tornam a vida dos grupos melhor. O espírito do líder criativo está presente quando ele busca um jeito melhor de dirigir uma reunião, quando procura uma maneira mais eficiente de comunicação com os liderados, quando se esforça por aperfeiçoar os processos na organização, quando anseia por encontrar formas mais inteligentes de motivação de seu grupo.
O texto não esgota as marcas que um líder deve possuir para ter um espírito criativo, mas apresenta as principais. Também é preciso reconhecer, mais uma vez, que nem todas as características descritas serão encontradas em sua plenitude nos líderes criativos de sucesso, muito menos em graus de mesma intensidade. Ainda, se a maior parte do conjunto do que chamamos do “espírito do líder criativo” não pode ser percebido em um líder, com certeza ele terá muita dificuldade em ser criativo. Ele será o líder do tipo mantenedor das coisas como estão e lhe foram dadas e poucas mudanças promoverá. Dificilmente um líder com o espírito criativo não gerará mudanças e não será um expressivo agente de mudanças.

BIBLIOGRAFIA:

ANTUNES, Celso, A Criatividade em Sala de Aula, Petrópolis: Vozes, 2003.

ASSUMPÇÃO, Jorge A. M. Criatividade e Orientação Educacional. São Paulo: Cortez, 1981.

BODEN, Margaret. A. Dimensões da Criatividade. Porto Alegre. Artmed. 1999

CLEGG, Brian; BIRCH, Paul. Criatividade. São Paulo: Makron Books, 2000.

GRANIGMA, Marta Rita. Líderes Inovadores. Ferramentas de criatividade que fazem a
diferença. São Paulo: M.Books. 2004.

HYBELS, Bill. Liderança Corajosa. São Paulo: Vida e Eclesia. 2002.

KNELLER, George F. Arte e Ciência da Criatividade. 9ª ed. São Paulo: IBRASA, 1978.

MAY, Rollo. Coragem de Criar. 9a. ed. Rio de Janeiro: Nova Fronteira, 1975.

MAXWELL, John C. As 21 indispensáveis qualidades do líder. S”ao Paulo: Editora Mundo Cristão, 2000.

OSTROWER, Fayga. Criatividade e Processo de Criação. 8a. ed. Petrópolis: Vozes, 1991.

TOURANCE, F. Paul. Criatividade: medidas, testes e avaliações. São Paulo: IBRASA, 1976.

VIDAL Florence. Metodologia geral da criatividade. São Paulo: Importadora de Livros, 1973,

10/03/2009

Resumo de desenhos do mês de Setembro-2009



Apresento aos leitores, com carinho, os personagens que foram criados para nos ajudar a refletir e discutir as ações da educação cristã batista nas igrejas principalmente no estado de Minas Gerais.Outros estão no processo de gestação, para ilustração de histórias biblicas e não bíblicas.
Você que tem acompanhado o blog, pode nos ajudar. É só clicar na palavra "comentários" que está ao lado do lápis abaixo da matéria. Uma caixa será aberta onde você poderá digitar seu texto.
Sua participação é de grande importância, pois só assim saberei a repercussão das matérias publicadas.
Aos colaboradores Pr. Ailton Sudário e Pr. Arlécio Costa declaro meus agradecimentos.
Se você tem textos ou experiências que podem ajudar os leitores no amadurecimento cristão, desejando compartilhar pode me enviar.
Abraços Senhorinha

10/02/2009

I FORUM DE EDUCAÇÃO CRISTÃ



Programação:
8:00 às 8:30 h – Inscrição e credenciamento
8:30 às 9:00 h – Café
9:00 às 9:40 h – Devocional e reflexão (Pr. Rubens)
9:40 às 11:00 h – Palestra com Pr. Lécio Dornas
11:00 às 12:00 – Mesa debatedora com preletor e 03 convidados
12:00 às 13:30 – Almoço
13:30 às 15:30 – Grupo de trabalhos:


-A educação cristã e ministério na Igreja – Isabel Franco
-A inter-relação da educação cristã com outros ministérios – Pr. Wagno
-A educação cristã na contemporaneidade e as diferentes faixas etárias – Ester Mendes
-A importância da educação cristã no contexto do ministério pastoral – Pr. Lécio Dornas
-A educação cristã e o reconhecimento ministerial – Mirian Lemos


15:30 às 16:00 – Café
16:00 às 17:40 – Socialização dos resultados dos GT
17:40 às 18:10 – Palestra de encerramento
18:10 às 18:40 – Apresentação artística


Esperamos que o documento produzido pelos participantes do Forum seja de grande valor para a Educação Cristã Batista de Minas Gerais.

10/01/2009

Ajude Mirinha responder a pergunta de Daniel




Deixe seu comentário. A reflexão e discussão sobre a Educação Cristã é tão importante para a vida cristã da nova geração, como o alicerce para uma construção.
Em breve,informações sobre o Forum de Educação Cristã que acontecerá em 24 de Outubro de 2009 em Minas Gerais.



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sunamita disse...
Pra mim,Mirinha vai ser Pastora,pois toda educadora cristã tem que ser consagrada a pastora,vejo que a educadora cristã trabalha tanto quanto os pastores de nossas igrejas.