
(Clique sobre a imagem para ler história produzida por uma das alunas, isso nos idos de 2001)
Ontem tive o privilégio de mais uma vez ouvir e ver Rubem Alves. O programa Sempre um Papo lançou em BH seu mais novo livro infantil sobre reis, ratos pássaros e urubus, no grande Teatro do Palácio das Artes. A entrada foi quase franca, exigindo apenas a doação de um livro, novo ou usado. Levei um daqueles livros de reflexões com base em um verso bíblico chamado "pão diário". Não aia perder a chance de compartilhar sonhos. Por que conto isso? Porque nas minhas reflexões sobre a escola dos sonhos a arte está presente nos, fazendo mais sensíveis, mais pensantes por isso mais humanos. Porque ela nos coloca num estado de encantamento diante da vida. Transporta-nos no tempo e no espaço. Uma palavra apenas, pode atiçar nossas lembranças, tocando nosso corpo e alma nos fazendo chorar ou rir, remetendo-nos ao tempo de infância, a um cheiro sentido, a uma ocasião especial. E quando somos tocados pela fruição da arte somos também tocados pela sua produção. Não falo dela pensando em autores consagrados. Falo dela como o prazer que pessoas simples têm de registrar seus pensamentos mais belos, românticos, sensíveis e muitas vezes inúteis, diante do sentido que damos à palavra utilidade.
E nesse momento de reflexão sou remetida há um tempo em que trabalhei com um mesmo grupo de alunos em duas oficinas de artes, simultaneamente: artes plásticas e literária. Duas vezes por semana nos refugiávamos no reino da criatividade, onde a realidade se misturava com o sonho, onde todo o querer se transformava em poder porque estávamos vivendo o encantamento do fazer artístico.
O resultado do trabalho foi uma mostra com exposição e apresentação de contação de histórias, numa profusão de cores, de objetos e mistura de palavras escritas e faladas.
É possível que nem todos tenham percebido, mas estávamos envoltos pelo encantamento da arte numa escola de sonhos.
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